A Balko, plataforma de ativos alternativos, finalizou uma nova oferta de crédito estruturado em precatório. A operação, referente a um crédito de precatório que vem sendo pago pela Prefeitura de Recife (PE), atraiu aporte de R$ 1,6 milhão de mais de 60 investidores, em 16 horas. A notícia foi divulgada com exclusividade à Finsiders.
Segundo a fintech, o volume ofertado foi 65% maior do que a oferta realizada em outubro deste ano. Os aportes realizados pelos investidores variaram entre R$ 10 mil e R$ 50 mil. O retorno esperado do investimento — de 21,9% ao ano — está previsto até 2024, sendo quatro parcelas anuais até lá.
Para Caio Fasanella, CEO da Balko, a operação mostra que os investidores estão com apetite e em busca de produtos com maior rentabilidade projetada. Mas o empreendedor lembra: é um investimento destinado a investidores de perfil moderado ou agressivo.
Essa é a terceira rodada de investimento em precatórios aberta ao público em sua nova plataforma digital, sendo que as rodadas anteriores se esgotaram em poucos minutos. Hoje, a Balko faz a gestão de um portfólio de mais de 40 ativos que correspondem a mais de R$ 15 milhões. As oportunidades de investimento têm rentabilidade esperada superior a 15% ao ano.
Leia também
PAGAMENTOS RECORRENTES
A corrida de bancos e fintechs para se adiantar ao Pix Automático
Instituições como Ebanx, Santander e Banco do Brasil (BB) se movimentam para ofertar o produto antes do prazo final do regulador
PAGAMENTOS DIGITAIS
Bemobi faz aquisição para crescer com Pix e 'aposentar' o boleto na recorrência
A transação, de valor não revelado, envolveu 49% da Instituição de Pagamento Friday; Bemobi ainda pode comprar o controle
Ativos alternativos
Fundada no ano passado por Pablo Staubli, Theo Ribeiro, Caio Fasanella e Vinicius Attilio, a Balko quer democratizar o acesso a investimentos alternativos, que costumam ser oferecidos a investidores institucionais. A primeira aposta da fintech é o segmento de precatórios, que gira cerca de R$ 200 bilhões no Brasil, nas estimativas dos sócios.
Desde o início da operação, a fintech fez 14 ofertas, acabou de fechar esta e prevê uma outra em dezembro. Entre os planos está a entrada em outros tipos de ativos, como crédito não performado, financiamento de litígios e leilões de imóveis. “Ao longo dos anos, passamos a ter expertise de leitura de processos judiciais”, conta à Finsiders Pablo Staubli, founder e COO.
A Balko levantou duas rodadas que, juntas, somam pouco mais de R$ 6 milhões. Entre os investidores estão nomes como Patrick Sigrist, fundador do iFood, Wharton Angels e Norte Capital. Para 2021, prepara uma nova rodada de captação.
Leia mais:
Com banco de fomento como âncora, startup levanta R$ 1,1 milhão em 11h
