A Pluggy, fintech que desenvolve interface de aplicações para auxiliar na tomada de decisão a partir de dados financeiros, acaba de lançar o “Meu Pluggy“, hub de conexões que torna mais simples o funcionamento da LGPD na prática. A proposta traz a aplicação direta do Open Finance em um aplicativo de organização financeira, que permite aos usuários conectarem-se a serviços, gerenciar permissões e receber insights de todas as suas contas e serviços.
O novo produto pode ser usado por qualquer usuário, empresa ou pessoa física, mas principalmente ser oferecido a clientes de clientes da Pluggy – bancos, fintechs e corretoras e até operadoras de telefonia – a Meu Vivo está em fase de testes.
“O que a gente criou foi basicamente uma interface para que os nossos clientes possam dar para os usuários 1) transparência em relação aos dados que foram compartilhados e 2) todo o controle do ponto de vista de LGPD para revogar consentimentos, compartilhar com outras partes e assim por diante”, diz em entrevista ao portal o sócio e co-fundador da Pluggy, Victor Urano. A ideia, explica, é empoderar o usuário, dando mais controle e retirando intermediários do caminho. Com o Meu Pluggy, o cliente pode ter diferentes produtos financeiros em diferentes instituições, de acordo com sua conveniência; e trocar de banco sem perder seu histórico.
“A ideia não é necessariamente transformar o Meu Pluggy num produto central, mas entender se as pessoas estão começando a enxergar valor nisso – e com esse entendimento, desenvolver uma série de novos produtos”, diz. “A gente construiu uma experiência que é melhor do que existe hoje, do ponto de vista da regulação, e com uma qualidade de dados impecável, então já temos visto nossos clientes conseguindo construir soluções bacanas. Acho que o Open Finance deve estar em pleno funcionamento em dois anos no Brasil”.
Por enquanto, o Meu Pluggy oferece duas funcionalidades: backup de contas (os usuários podem realizar o backup de todas as informações bancárias, mesmo que após encerrar a conta em determinada instituição); e gerenciamento de permissões (o usuário poderá saber quais permissões foram dadas às instituições financeiras e gerenciá-las, e revogá-las quando quiser). Uma terceira funcionalidade está em fase Beta – conhecendo o perfil financeiro dos clientes, a Pluggy vai fornecer insights personalizados, como onde gastar menos, dicas de economia e muito mais.
A ideia da Pluggy começou a ser desenvolvida em 2018 por Bruno Loiola, e aos poucos outros quatro sócios – Rogério Corrêa, Urano e os argentinos Federico Miras e Gabriel Pan Gantes – se juntaram a ele com o objetivo de construir a criação de uma fintech de Open Banking no Brasil. Em 2020 entraram para o Lift Lab do Banco Central, passaram por outras aceleradoras brasileiras como Pl;ug and Play e Liga Ventures e em 2021 chegaram à Y Combinator, do Vale do Silício – quando fizeram a primeira captação de US$ 2,1 milhões. Hoje com quase 100 clientes, a Pluggy quer aumentar ajudá-los a aumentar quantidade de usuários e gerar tração nos produtos de portabilidade, diz Urano.