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O Nubank anunciou a entrada de quatro novos membros em seu conselho de administração. Os novos integrantes são Jacqueline Reses, presidente do Conselho Consultivo Econômico do Fed, banco central dos Estados Unidos; Luís Alberto Moreno, ex-presidente do BID; Daniel Goldberg, ex-presidente do Morgan Stanley no Brasil; e Anita Sands, escritora, palestrante e consultora. O grupo se une a David Vélez, fundador e CEO do Nubank, que permanece na presidência do board, e a Doug Leone, da Sequoia Capital, membro do conselho desde 2016.
“Contar com a valiosa experiência que esses executivos trazem vai nos ajudar a manter o ritmo de crescimento acelerado, de maneira sustentável, e a continuar oferecendo os melhores produtos e experiências aos nossos clientes”, afirma David Vélez, em nota.
A reestruturação do board ocorre em momento de expansão acelerada da fintech. Às vésperas do IPO, o Nubank já possui mais de 38 milhões de clientes e é o maior banco digital do mundo. Acaba de receber a aprovação do BC à operação de compra da Easynvest, e avança em direção à diversificação de seu portfólio.
Dança das cadeiras
Em abril, o Nubank fez movimentações em seu C-level. A cofundadora Cristina Junqueira assumiu como CEO do banco digital no Brasil, no lugar do colombiano David Vélez, que se tornou CEO global – uma cadeira que não existia até então no neobank, e faz todo sentido depois que a fintech abriu operação em países como Colômbia e México. O banco já é um dos maiores emissores de cartões de crédito do México, que já registrou mais de 1.5 milhão de roxinhos. E, na Colômbia, em quatro meses após o lançamento, a lista de inscritos do cartão de crédito atingiu 250 mil pedidos.
E não foi a única movimentação feita pelo Nubank. Em abril, houve também a contratação do americano Matt Swann (ex-Amazon e ex-Booking) como novo CTO. Ele assumiu o lugar de Edward Wible, um dos fundadores do banco digital, que passa a ocupar a diretoria de plataformas tecnológicas.
O maior banco digital do país avança em sua estratégia de rebundling. Começou recentemente a testar fundos multimercados no app. A oferta dos fundos é a primeira iniciativa do Nubank no mercado de investimentos, desde que o banco digital fechou a compra da Easy. Nessa fase, os produtos incluem três alternativas de fundos multimercados e – até o lançamento para a base total de usuários nos próximos meses – mais recursos e opções serão implementados. No ano passado, o Nubank também lançou seguro de vida, em parceria com a Chubb.
Com o avanço das operações na Colômbia e no México, o Nubank divulgou recentemente um investimento de US$ 135 milhões em sua unidade mexicana, o Nu México. Essa foi a primeira vez que a empresa levantou recursos exclusivamente para a sua operação no país latino-americano. Do total aportado, US$ 70 milhões foram injetados pelo Nubank na operação local. Os US$ 65 milhões restantes foram financiados por J.P. Morgan, Goldman Sachs e Bank of America (BofA).
Ao longo de sua história, o banco digital já levantou mais de US$ 1,2 bilhão com importantes investidores como: Sequoia, DST, Tencent, Tiger, Kaszek, Founders Fund, Dragoneer, TCV, Redpoint, Ribbit, GIC, Whale Rock, Invesco e QED.
(Victoria Roberta, com supervisão de Danylo Martins)
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Danylo Martins é jornalista com dez anos de cobertura de finanças, empreendedorismo e inovação no setor financeiro. Com MBA em mercado de capitais, é vencedor de quatro prêmios de jornalismo econômico e colabora com o jornal Valor Econômico há oito anos. Teve passagens por Folha de S.Paulo e revista Você S/A.
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