Quase 6 milhões de empresas já se cadastraram no Pix; PF lidera

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A curva de crescimento do Pix é realmente impressionante. O sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central (BC) caiu mesmo nas graças do brasileiro. Em maio, o Pix atingiu R$ 543,27 milhões em volume de transações, quantia que representa crescimento de 32,3% em relação a abril. Ante janeiro, por exemplo, o volume de operações triplicou.

Segundo a Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária, divulgada esta semana, o sistema de pagamentos instantâneos já representa 30% das operações de pagamento no Brasil. “Desde janeiro, o Pix superou TED+DOC em quantidade de transações”, destaca João Manoel Pinho de Mello, diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do Banco Central, durante o Ciab Febraban.

Desde novembro do ano passado, quando foi lançado, até 31 de maio deste ano, foram cadastradas 254,3 milhões de chaves. Desse total, 95,9% ainda são chaves de pessoas físicas (PF). Ao todo, 87,8 milhões de PFs estão cadastradas no diretório do Pix. Já as empresas somam aproximadamente 6 milhões.

João Manoel também garantiu a introdução de diferentes funcionalidades ao longo dos próximos meses. Recentemente, o BC abriu uma consulta pública sobre o Pix Saque e o Pix Troco, modalidades que estão previstas para entrar em operação no segundo semestre.

Na prática, o Pix Saque funcionará da seguinte forma: no estabelecimento, após fazer a leitura de um QR Code, o usuário realiza um Pix para este e assim, recebe o dinheiro em espécie. No caso do Troco, o usuário pode realizar uma transação com valor superior ao cobrado e receber a diferença em dinheiro.

Outra novidade que faz parte da agenda evolutiva e permanente para o novo sistema é o Pix Internacional, para recebimento e transferência para outros países. Também estão no radar o Pix por aproximação — previsto para entrar em funcionamento nos último trimestre do ano — o Pix offline, que poderá ser feito sem conexão com a internet, além de um mecanismo especial de devolução, deixando o sistema ainda mais seguro. “Vai aumentar a capacidade e rastreabilidade de reprimir fraudadores”, afirma João Manoel.

Pix no e-commerce

Se para o varejo físico o Pix tem feito a diferença, no digital, os números também têm sido satisfatórios. Desde abril, quando passou a oferecer o Pix como forma de pagamento, o Mercado Livre tem observado uma adesão significativa dos clientes à forma de pagamento — de acordo com uma pesquisa feita no início do mês com 324 usuários consultados, 55% deles já usaram a função para compras.

“O Pix tem avançado rapidamente na substituição de boletos no e-commerce”, afirmou Elaine Shimoda, head de inovação em pagamentos do Mercado Livre e Mercado Pago, durante o Ciab. Segundo ela, os varejistas também têm tido um retorno positivo. “Alguns têm utilizado a redução de custo que o Pix tem trazido para o negócio deles para fazer mais negócios.”

Pix agendado

Esta semana, o Banco Central informou que o Pix agendado, previsto para ser obrigatório a todas as instituições financeiras a partir de 1º de setembro, é seguro e não permite brechas para golpe. O órgão reagiu a boatos que circulam nas redes sociais de que criminosos poderiam usar a opção de agendamento para aplicarem golpes.

O recebedor de um Pix agendado só recebe a notificação quando o dinheiro cai na conta, não no momento do agendamento. Além disso, um agendamento pode ser cancelado a qualquer momento. Dessa forma, em caso de engano, o próprio autor do pagamento pode desfazer a transação sem o conhecimento do destinatário.

A função agendamento do Pix está disponível desde o lançamento da ferramenta, em novembro do ano passado. No entanto, até agora o recurso é facultativo e nem todas as instituições financeiras oferecem a opção.

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Giovanni Porfírio é jornalista com cinco anos de carreira, foi editor web no Startupi antes de chegar ao Finsiders. Formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e pós-graduando em Produção e Práticas Jornalísticas na Contemporaneidade na Faculdade Cásper Líbero (FCL), teve passagens, ainda, por RICTV Record Londrina e Folha de Londrina.

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