BTG Pactual seleciona oito scale-ups para nova edição do boostLAB

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O boostLAB, hub de negócios para empresas tech do BTG Pactual, está divulgando nesta quinta-feira (5) as startups escolhidas para o oitavo batch do seu programa de potencialização, feito em parceria com a ACE Startups. O Finsiders teve acesso antecipado à lista.

Para a nova edição, o BTG recebeu 471 inscrições, 20 a mais em relação à rodada anterior. Neste batch, o boostLAB selecionou oito scale-ups: Dattos, Diretrix, Galax Pay, Iu Pay, Jota, Kor Solutions, Linker e Parcelex (leia ao final do texto um resumo sobre as empresas).

Com duração de cinco meses, o programa do boostLAB tem como objetivo acelerar a criação de valor para startups, aproximando os empreendedores do mercado financeiro e do acesso a capital. As empresas têm mentorias com especialistas e convidados sobre marketing, vendas, produtos e fundraising, acompanhamento por membros do comitê executivo do banco, além da metodologia da ACE.

“Acabamos escolhendo startups com soluções que vão de pagamentos de contas e cobranças à análise de dados, sempre buscando diferenciais que possam nos ajudar no lançamento de novos produtos ou mesmo melhorar ainda mais o user experience (UX) dos nossos clientes”, diz ao Finsiders Frederico Pompeu, sócio do BTG Pactual e head do boostLAB.

O programa de potencialização de startups é uma das iniciativas do boostLAB. Na semana passada, o presidente do banco de investimentos, Roberto Sallouti, disse durante o segundo dia do demo day do batch 7 que o BTG tem um fundo de corporate venture capital (CVC) de R$ 200 milhões para investir em startups.

“Do ponto de vista de balanço do banco, tem o corporate development, das parcerias estratégicas, em que fazemos algo que não é só ser o cliente da startup, mas algo que pode realmente ajudar a transformar o valor do parceiro. Por exemplo, a wallet que desenvolvemos com a Mosaico, ou o investimento na CredPago, em que tivemos 49% da empresa”, afirmou.

Já por meio do fundo de CVC de R$ 200 milhões, o BTG faz cheques menores para startups. Foi a primeira vez que o presidente do banco reforçou, em uma declaração pública, o tamanho desse bolso. “É menor e pulverizado, e normalmente é uma chancela importante para o parceiro. Claro que é importante para gente, e buscamos retorno financeiro”, disse.

Desde a criação do boostLAB, passaram pelo programa 53 empresas, 70% delas fizeram negócios com as empresas do grupo e seis delas receberam investimentos: Agronow, agora chamada A de Agro (agtech/agfintech), Finpass (fintech), Liber Capital (fintech), Digesto (legaltech), Pier (insurtech) e Celcoin (fintech).

Além dos cheques, o BTG vem firmando acordos com outras startups, inclusive com algumas que não passaram pelo boostLAB. Entre elas, as fintechs Simplypag, com foco em empregados domésticos, fundada em 2019 por Leo Cherman, Roberto Naddeo (ambos ex-Sofisa Direto) e Rodolfo Penha (ex-TransUnion), e a JUSTA, para concessão de crédito para micro, pequenas e médias varejistas.

O BTG também tem uma área de venture debt, como parte da operação do boostLAB, para financiar startups com cheques entre R$ 10 milhões e R$ 30 milhões por empresa, num modelo de captação de recursos mais barato e com menor diluição dos fundadores. Dois exemplos de empresas que levantaram dinheiro com o banco por essa modalidade são Zoom (dono do Buscapé) e a construtech paranaense Tecverde. Na última semana, o site Brazil Journal noticiou que a Insider Store — de máscaras e camisetas antivirais — levantou R$ 12 milhões por meio de venture debt com o boostLAB.

Recentemente, o banco também lançou linhas de crédito para startups, conforme o Finsiders havia revelado em março. A modalidade, com foco em startups que tenham receita mensal recorrente (MRR), empresta a partir de R$ 200 mil, até R$ 4 milhões, com prazo de até 18 meses e carência de seis, dando em garantia os recebíveis. Em julho, o BTG fechou, ainda, uma parceria com a fintech a55 e a gestora Empírica para liberar mais de R$ 250 milhões em crédito para startups e empresas de tecnologia.