BTG Pactual divulga scale-ups para o batch 7 do boostLAB; leia antes na Finsiders

O BTG Pactual apresentará nesta quinta-feira (11) as scale-ups escolhidas para o batch 7 do boostLAB, programa de potencialização de startups em nível avançado. A lista foi divulgada com exclusividade para a Finsiders.

As empresas selecionadas foram: Brelo, Condoconta, Inflr, Kria, Leoa, MeuTudo, NeuralMind, Spin Pay e Wevo (leia ao final do texto um pouco mais sobre as startups).

Segundo Frederico Pompeu, sócio do BTG Pactual responsável pelo boostLAB, foram escolhidos negócios que possam ter sinergia com o roadmap de produtos do BTG e demais empresas do grupo no curto prazo — para este ano, por exemplo.

A sétima edição do programa, realizado pelo banco de investimento desde 2018, teve recorde de inscrições novamente (no batch anterior, foram 425 startups inscritas, 25% a mais do que na rodada anterior.). Para o batch deste ano, 451 startups se inscreveram, e pela primeira vez foram selecionadas nove negócios.

Crédito: Reprodução/site boostLAB

Chama a atenção que 56% passaram depois de três ou mais tentativas de inscrições em batches anteriores, sendo que duas delas (Kria e NeuralMind) já haviam até ido para a fase do pitch day, conta Pompeu.

Com o processo seletivo totalmente remoto, quase metade (45%) das startups são de fora do Estado de São Paulo, ampliando a diversificação geográfica e regional, um dado bastante relevante para o ecossistema, afinal existem boas soluções para além do eixo Rio-São Paulo. É o caso de Leoa e Condoconta, ambas de Santa Catarina, no sul do país.

Com duração de cinco meses, o programa do boostLAB tem como objetivo acelerar a criação de valor para startups, aproximando os empreendedores do mercado financeiro e do acesso a capital. As empresas têm mentorias com especialistas e convidados sobre marketing, vendas, produtos e fundraising, acompanhamento por membros do comitê executivo do banco, além da metodologia da ACE, por meio do braço de inovação corporativa ACE Cortex.

Entre os mentores estão nomes como Amos Genish, sócio do BTG Pactual e head da digital retail unit; André Iasi, CEO da Estapar e sócio do BTG; Edison Ticle, CFO da Minerva Foods; Florian Bartunek, CIO da gestora Cosstellation; Haroldo Stumpf, CEO do Banco Topázio; Mark Malletz, sócio do BTG Pactual e professor da Harvard Business School, entre outros.

Desde a criação, há três anos, o boostLAB já teve mais de 1 mil inscrições, potencializou 44 startups, e 70% delas fizeram negócios com as empresas do grupo BTG Pactual. Seis startups receberam investimentos: Agronow (agtech/agfintech), Finpass (fintech), Liber Capital (fintech), Digesto (legaltech), Pier (insurtech) e Celcoin (fintech). “Estamos negociando term-sheet com a sétima agora”, diz Pompeu.

Parcerias e venture debt

Além dessas que levaram cheques, o banco tem firmado acordos com outras startups, algumas até que não passaram pelo boostLAB. Uma parceria recente foi com a Simplypag, fintech com foco em empregados domésticos, fundada em 2019 por Leo Cherman, Roberto Naddeo (ambos ex-Sofisa Direto) e Rodolfo Penha (ex-TransUnion). Além da Simplypag, o BTG tem parceria com a fintech de pagamentos JUSTA para concessão de crédito para micro, pequenas e médias varejistas, parceria que ganhou força durante a pandemia.

O BTG também tem uma área de venture debt, como parte da operação do boostLAB, para financiar startups com cheques entre R$ 10 milhões e R$ 30 milhões por empresa, num modelo de captação de recursos mais barato e com menor diluição dos fundadores. Dois exemplos de empresas que levantaram dinheiro com o banco por essa modalidade são Zoom (dono do Buscapé) e a construtech paranaense Tecverde.

““Um dos primeiros deals foi financiar o Zoom. Conseguimos participar do ciclo inteiro. Primeiro os empreendedores, na compra do Buscapé pelo Zoom. Dois anos depoois, tivemos possibilidade de pegar o mandato para o IPO. E agora, no início do ano, fechamos uma parceria de longo prazo do BTG+ com a Mosaico (holding do Zoom com Buscapé).”

Agora o banco está lançando duas novas linhas de crédito, revela Pompeu à Finsiders: uma linha para startups com receita mensal recorrente (MRR), que já tenham recebido aporte de VCs, podendo emprestar a partir de R$ 200 mil; e outra modalidade para fornecer funding a fintechs ou empresas que têm braços de fintech e queiram testar alguma tese. Nesse segundo tipo de crédito, os valores são mais altos (algo como a partir de R$ 20 milhões) porque a tendência é estruturar FIDCs que sirvam como funding para as teses que as fintechs desejam testar.

 

Conheça as nove scale-ups escolhidas pelo boostLAB:
  • Brelo: fintech de empréstimo pessoal que pega como garantia o celular do tomador do crédito. Possui uma tecologia que bloqueia o celular do cliente em caso de atraso no pagamento;
  • Condoconta: primeiro banco digital para condomínios no Brasil (first mover);
  • Inflr: plataforma que conecta marcas e influenciadores. Possui algoritmo para amplificar a audiência dos conteúdos e modelos CPM;
  • Kria: uma das principais plataformas de equity-crowdfunding, conhecida antes como Broota;
  • Leoa: plataforma que auxilia clientes na declaração do Imposto de Renda (IR). Também permite antecipação da restituição do IR;
  • MeuTudo: plataforma de empréstimo consignado público, via processo 100% digital, por meio do aplicativo ou site;
  • NeuralMind: plataforma de inteligência artificial com foco em KYC e KYP;
  • Spin Pay: gateway de pagamentos instantâneos que possibilita plataformas de comércio eletrônico a receberem valores via P2P;
  • Wevo: plataforma de construção e integraçao entre sistemas (iPaaS), via APIs, para grandes e médias empresas.