Análise: É dada a largada para o 'day 1' do Nubank

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Em fevereiro de 2016, fui até a sede do Nubank, em Pinheiros, para entrevistar a cofundadora Cristina Junqueira para uma reportagem da revista Você S/A sobre fintechs. Na ocasião, o banco digital tinha apenas o seu carro-chefe, o cartão de crédito roxinho, que havia sido pedido por mais de 1,6 milhão de pessoas. A equipe somava mais de 300 funcionários — para se ter uma ideia, o time de cientistas de dados e engenheiros tinha pouco mais de 50 pessoas. Ao final de setembro, o quadro reunia mais de 5,4 mil colaboradores (mais de 80% no Brasil), segundo o prospecto do IPO.

Em outra reportagem, desta vez para o Valor em dezembro de 2017, menciono que o neobank tinha uma base de 2,5 milhões de clientes, de um total de 13 milhões de pedidos de cartão recebidos. Naquele ano, a fintech também colocou no ar sua conta digital, a NuConta. Já naquela época, o cofundador e atual CEO global David Vélez rebatia as críticas sobre a geração de lucro, dizendo que o resultado líquido positivo chegaria no “momento certo”.

De lá pra cá, o Nubank se popularizou entre os brasileiros, principalmente pela experiência de uso do aplicativo e pelo atendimento prestado aos clientes. A fama invadiu as redes sociais. Os fundadores não hesitam em falar que o objetivo do banco é ter fãs. “O objetivo é que o cliente nos ame fanaticamente”, disse a cofundadora e atual CEO no Brasil Cristina Junqueira, em entrevista para mim um ano atrás numa reportagem do Valor.

No mercado financeiro, a fintech foi vista — e até pouco tempo ainda era encarada — com certa reticência por executivos de grandes bancos. Em diversas entrevistas que fiz entre 2016 e 2019, foi comum ouvir que as fintechs pouco incomodavam. Recentemente, numa troca de “farpas” entre Zetta — associação do qual o Nubank faz parte — e Febraban, o discurso mudou de figura. Os bancos vêm defendendo com unhas e dentes uma regulação proporcional às fintechs que cresceram demais, caso do Nubank e de outras.

Ao longo dos oitos anos de trajetória, o Nubank conseguiu atrair uma lista grande de investidores de peso que neste ano ganhou o reforço de nada menos que o bilionário Warren Buffett. Nesse período, o banco ainda contou com o apoio de grandes nomes do setor financeiro como consultores, entre eles, Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central (BC) e sócio da Rio Bravo e Ivan Monteiro, ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil (BB). Como CFO, ainda que por pouco tempo, o Nubank trouxe Marcelo Kopel, ex-Itaú — que deixou o cargo em janeiro depois de um ano na posição.

Nos últimos dois anos, o banco digital anunciou uma série de executivos tarimbados, como Matt Swann (ex-Amazon) para a cadeira de CTO; Jag Duggal (ex-Facebook) como chief product officer; Youssef Lahrech (ex-Capital One) para a posição de chief operating officer; Arturo Nuñez (ex-Nike) como chief marketing officer; e Renee Mauldin (ex-Uber e Twitter) para chief people officer.

O conselho de administração também ganhou novos nomes recentemente. Além da cantora pop Anitta, o neobank trouxe para o board nomes como Muhtar Kent, que foi CEO global da Coca-Cola; Jacqueline Reses, ex-CEO da fintech Square (atual Block) e atual presidente do Conselho Consultivo Econômico do Fed, banco central dos Estados Unidos; Luís Alberto Moreno, ex-presidente do BID; Daniel Goldberg, ex-presidente do Morgan Stanley no Brasil; e Anita Sands, escritora, palestrante e consultora.

O ‘rebundling’, indo além do produto cartão, é outra estratégia importante na história recente do Nubank. É aquilo que dizem por aí no mundo das startups: primeiro, faça bem feito uma coisa para depois buscar mais linhas de receita. O banco digital seguiu a cartilha e vem expandindo sua oferta nos últimos anos, com um ritmo mais acelerado recentemente. Tanto é que, além do cartão de crédito PF e da conta digital PF, já oferece empréstimos, conta PJ, seguro de vida e investimentos.

A ampliação da prateleira de produtos e serviços vem não apenas de desenvolvimento interno, por óbvio. Em investimentos, o Nubank comprou a cinquentenária Easynvest (antiga Título Corretora), já rebatizada de Nu Invest — que inclusive atuou como coordenadora líder da oferta de BDRs no Brasil. Em seguros, inicialmente a estratégia foi oferecer um produto de vida, em parceria com a Chubb.

O último deal anunciado foi a compra da assistente financeira virtual Olivia por valor não revelado, numa clara sinalização de que o banco digital quer aproveitar os benefícios do Open Finance. E, claro, não irá construir infraestrutura dentro de casa, visto que a Olivia tem uma plataforma já montada.

Ainda este ano, o banco digital comprou a Spin Pay, de soluções de pagamento para o e-commerce, e a plataforma de atendimento Juntos Global. Em 2020, adquiriu as plataformas Cognitect e Plataformatec, como uma estratégia principalmente para reforçar seus times de tecnologia.

No seu movimento mais recente, o banco digital agregou ao aplicativo uma nova vertical chamada shopping, com parceiros como Magazine Luiza, AliExpress e Dafiti. Em outra frente, o Nubank fechou um acordo com a Creditas para a oferta de crédito com garantia de veículos em seu app e, de quebra, pode ficar com até 7,7% das ações da fintech de Sergio Furio. Outra parceria recente foi com a Remessa Online para passar a oferecer transferências internacionais aos clientes.

Tudo isso é o que o Nubank chamou no prospecto do IPO de “ecossistema poderoso e em expansão de soluções para as cinco fases da jornada financeira”: gastar (cartão de crédito, pagamento por app e recompensas), guardar (conta PF e PJ), investir (opções de investimento), tomar crédito (empréstimo pessoal) e proteger (seguro de vida).

Com um prejuízo de R$ 528,3 milhões no ano até setembro — alta de 61,3% na comparação com igual período de 2020 –, o Nubank precisará provar ao mercado e aos investidores que consegue rentabilizar sua grande base de clientes (quase 50 milhões) e, claro, gerar lucro. Em sua defesa, no prospecto, o banco apontou ter “unit economics vantajosos” que permitem obter clientes de forma orgânica a um custo muito baixo, além de aumentar a receita e o lucro bruto por cliente. A relação LTV/CAC, por exemplo, é superior a 30x.

“Estimamos que a receita média mensal por cliente de varejo ativo para bancos incumbentes no Brasil foi 10x maior que a nossa nos seis meses findos em 30 de junho de 2021. Embora nós, talvez, não venhamos a atingir esses patamares de receita média por cliente uma vez que a grande maioria de nossos produtos não tem cobrança de tarifa, acreditamos que podemos aumentar significativamente a nossa RMPCA [receita média por cliente ativo] mensal ao longo do tempo ao (1) capturar uma participação maior no uso dos nossos atuais produtos pelos nossos clientes (up-sell), e (2) oferecer aos nossos clientes novos produtos (cross-sell)”, escreveu o Nubank no documento.

Mesmo com tantos fãs e a confiança de investidores globais, agora começa o verdadeiro teste para a fintech criada em 2013 pelo colombiano David Vélez, pela brasileira Cristina Junqueira e pelo norte-americano Edward Wible. Resta saber como (e se) o mercado vai “comprar” a tese Nubank, cuja ambição é ser a maior fintech do mundo, como declararam os founders em apresentação a investidores na semana passada.

O banco também precisará encarar possíveis mudanças na regulação de instituições de pagamento (IPs), licença utilizada pelo Nubank e por outras fintechs brasileiras. O Banco Central (BC) já estuda novas regras, que aumentariam as exigências para as fintechs, especialmente as que cresceram demais.  

A estreia no mercado de ações, por ora, será com um valor de mercado de impressionar — US$ 41,5 bilhões —, fazendo com que o Nubank seja o maior banco da América Latina. Agora é acompanhar o ‘day one’ da fintech do cartão roxo que não é só mais um cartão. Muito pelo contrário.

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Redação: Conteúdos produzidos pela equipe de jornalistas do Finsiders,
além de artigos de executivos do setor

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