A agfintech TerraMagna encerrou 2021 com cerca de R$ 700 milhões concedidos para compra de insumos, como defensivos agrícolas, sementes e fertilizantes. Um ano antes, esse número foi de R$ 53,5 milhões.
Para este ano, a expectativa é movimentar cerca de R$ 1,2 bilhão em crédito para compra de insumos, informou a empresa ontem (14) à noite.
Ao longo do ano passado, a fintech contratou 101 funcionários e projeta mais do que dobrar o quadro em 2022.
“O agronegócio brasileiro teve um ano muito bom, apesar de todas as adversidades geradas pela pandemia. A expectativa é que o mercado continue aquecido e em crescimento durante 2022”, diz Bernardo Fabiani, cofundador e CEO, em comunicado.
Fundada em 2017 pelo trio de engenheiros formados no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), Bernardo Fabiani, João Paulo Torres (que deixou a empresa em 2020) e Rodrigo Marques, a TerraMagna usa monitoramento via satélite, fontes de dados alternativas e análise por IA para conectar o campo ao mercado de capitais.
A empresa não acessa diretamente o produtor rural, e sim atende agroindústrias, revendas e distribuidoras de insumos.
Em janeiro, a TerraMagna levantou US$ 40 milhões (cerca de R$ 220 milhões, no câmbio da época) — a maior parte (US$ 30 milhões) em dívida e o restante (US$ 10 milhões) em equity, numa captação liderada pelo SoftBank Latin America Fund com participação da Shift Capital e Milenio Capital, além de investidores anteriores.
Foi o terceiro aporte recebido pela fintech, que já havia levantado US$ 2,8 milhões.
Além dela, agfintechs como Agrolend, A de Agro, Traive, Nagro, MasterBarter e outras vêm ganhando terreno num setor que responde por mais de um quarto do PIB e no qual pequenos agricultores sofrem com o acesso a crédito.
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