Biometria comportamental na cibersegurança das instituições financeiras

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Por Marcia Di Giaimo*, exclusivo para o Finsiders

Atualmente, é tarefa quase impossível passar um dia sem tomar conhecimento de algum golpe cibernético. E, não sem motivo, as fraudes financeiras estão no topo das ocorrências. Isso porque, enquanto a digitalização e a explosão do volume de transações online crescem, os cibercriminosos não perdem tempo, sofisticando suas ações e driblando as barreiras de proteção.

Nesse cenário, um desafio comum é que muitos dos clientes de instituições financeiras ainda não conseguiram se educar com a velocidade necessária para as armadilhas da engenharia social. De acordo com levantamento da Febraban, os ataques contra clientes de bancos aumentaram 165% no primeiro semestre de 2021 em comparação com o mesmo período do ano anterior.

Além disso, do lado das instituições financeiras, etapas múltiplas de autenticação acabam impactando negativamente a experiência dos usuários, podendo inclusive aumentar a necessidade de verificações manuais e, consequentemente, fazer saltar os custos.

Dessa forma, não são poucos os líderes de TI e segurança de bancos que têm despertado para o fato de que uma abordagem generalista de proteção que não considera os requisitos e hábitos exclusivos de cada cliente não é eficaz. Para os desafios atuais, a solução de biometria comportamental é capaz de aumentar a confiança dos usuários e aliviar as complexidades da autenticação para todos os envolvidos.

Não por acaso, o recurso tem sido considerado um divisor de águas para a segurança das instituições financeiras. Primeiramente porque a biometria comportamental cria um perfil personalizado do cliente, capturando características comportamentais do usuário, bem como a maneira como ele interage com os dispositivos. Isso oferece à instituição financeira um perfil tão exclusivo quanto uma impressão digital.

Com a biometria comportamental, é possível também evitar a perda de clientes, por meio da detecção e interrupção de ataques, e criar uma autenticação invisível, que funciona sem intervenção adicional dos clientes após a configuração inicial.

Para além disso, instituições que já aderiram à solução relatam ainda quantidade significativa de ataques frustrados, o que diminui as tentativas de ações criminosas, criando uma maior confiança entre os clientes, que se sentem mais tranquilos na realização de suas transações online.

A inteligência por trás da biometria comportamental tem um diferencial decisivo para a atualidade: coloca as instituições financeiras um passo à frente dos fraudadores. Só a análise personalizada e em tempo real do comportamento de cada usuário pode garantir uma resposta imediata contra eventuais ameaças — potencialidade estratégica para informações e clientes dos bancos.