Das 250 fintechs mais promissoras no mundo, nove são brasileiras, diz CB Insights

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A CB Insights acaba de divulgar sua tradicional lista de 250 fintechs mais promissoras do mundo deste ano. Na relação, aparecem nove empresas brasileiras, incluindo quatro fintechs “puras” (Creditas, CloudWalk, Ebanx e Warren), dois bancos digitais (Agi e C6 Bank), além das proptechs Loft e QuintoAndar e da IDTech Unico.

Se considerarmos companhias da América Latina como um todo, a lista cresce para 15 players. Além das brasileiras, aparecem as mexicanas Flink, Klar, Konfio e Kueski, além da colombiana Habi e do banco digital argentino Ualá.

As 250 fintechs mais promissoras na avaliação da CB Insights já levantaram, juntas, mais de US$ 115 bilhões em rodadas de investimento desde o início de 2017 até setembro deste ano. Em 2021, as empresas captaram mais de US$ 51 bilhões em 337 operações de equity.

A lista deste ano inclui 159 unicórnios — startups com valuation superior a US$ 1 bilhão —, ou quase dois terços (64%) da quantidade total de fintechs.

Assim como no ano anterior, a distribuição geográfica das fintechs promissoras é bem diversificada, com presença de empresas de 33 países. Há uma concentração, porém, nos EUA (onde estão sediadas 53% das empresas). O Reino Unido ficou em segundo lugar com 31 fintechs (12%), seguido pela Índia com 14 (6%), Brasil com 9 (4%) e Alemanha com 7 (3%).

Modelo de negócio e segmentos

A maior parte (64%) das fintechs listadas pela CB Insights tem modelo de negócio B2B, enquanto o restante mira o consumidor final (B2C). “A divisão B2B-B2C representa uma mudança mais ampla no sentimento do mercado para longe das fintechs voltadas para o consumidor”, diz o report da consultoria.

No Brasil, esse movimento não é diferente. Pesquisa recente da PwC Brasil com a ABFintechs mostra que 40% das fintechs no país dizem ter o B2B como foco de atuação, enquanto 44% operam tanto no B2B quanto no B2C. Apenas 10% tem produtos e serviços somente no B2C.

A categoria de processamento de pagamentos e redes lidera a quantidade de fintechs, representando 13% das 250 listadas pela CB Insights. Na sequência, aparecem seguros (10%), criptomoedas (10%), core banking e infraestrutura (8%), investimento no varejo e gestão de patrimônio (7%).