Bancos digitais e fintechs no Brasil negam exposição ao SVB

Players como Nubank, Inter, C6 Bank, PagBank e PicPay disseram não ter qualquer exposição ou relação comercial com o Silicon Valley Bank

Nos últimos dias, as redes sociais foram inundadas de posts citando supostos impactos da falência do Silicon Valley Bank (SVB) para fintechs e bancos digitais brasileiros. Desde o fim de semana, alguns dos principais players no país se pronunciaram, negando qualquer exposição ou relação comercial com a instituição norte-americana, também conhecida como “banco das startups”.

Um dos primeiros a soltar uma declaração a respeito do assunto foi o Nubank. No sábado, em um comunicado ao mercado curto e direto, o banco digital afirmou que nem a companhia tampouco suas subsidiárias têm qualquer exposição ao SVB.

Nesta segunda-feira, os super apps Inter e PicPay também veicularam textos para refutar as informações que vêm sendo veiculadas sobre o tema. O Inter diz que a empresa e suas subsidiárias “não têm qualquer exposição e/ou relação comercial com o Silicon Valley Bank“.

Em seu blog, o PicPay esclarece que “não tem e nunca teve nenhuma exposição ao Silicon Valley Bank e não é impactado pela notícia da quebra do SVB“. O post reforça, ainda, que os valores depositados no super app contam com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), até o limite de R$ 250 mil.

Quem também negou possuir relacionamento ou exposição ao agora falido banco norte-americano foram os neobanks PagSeguro PagBank e C6 Bank. Já a fintech Conta Simples, que atende pequenas e médias empresas (PMEs), informou não ter “nenhum vínculo operacional, estratégico ou financeiro com o Silicon Valley Bank“.

Colapso

Os comunicados divulgados por alguns dos principais bancos digitais e fintechs no Brasil vêm depois que começaram a circular na internet — como sempre acontece em situações assim — vídeos e posts sobre uma possível quebra dos players brasileiros, após a derrocada do SVB.

Para quem não acompanhou, o Silicon Valley Bank sofreu na última sexta-feira uma intervenção do FDIC — uma espécie de FGC nos EUA. O “banco das startups” quebrou, se tornando a segunda maior falência bancária da história norte-americana e a maior desde a crise financeira global de 2008, conhecida como “crise do subprime”.

No capítulo mais recente desse enredo, ontem (12) o governo norte-americano resolveu agir antes que o impacto fosse maior e garantiu que os correntistas da instituição terão acesso a todos os seus recursos a partir desta segunda-feira (13), mesmo aqueles com valores acima de US$ 250 mil.

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