Nova norma de recebíveis de cartão abre oportunidades de negócio

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Depois de três adiamentos, finalmente começa a funcionar nesta segunda (7) a nova regulamentação de recebíveis de cartões, que acaba com a hegemonia das grandes adquirentes e dos grandes bancos, abrindo mais espaço para as fintechs e, principalmente, permitindo um ambiente mais justo de negociação para os pequenos e médios empresários, que poderão ser beneficiados com produtos inovadores e taxas de juros mais baixas. 

De acordo com Resolução CMN nº 4.734, de 2019, e com a Circular BCB nº 3.952, de 2019, a partir de agora as registradoras de recebíveis – CIP, TAG e CERC -, sistemas autorizados e supervisionados pela autoridade monetária, irão atuar como uma espécie de interface entre o lojista que deseja obter crédito utilizando seus recebíveis e potenciais financiadores.

As informações dos recebíveis serão enviadas às registradoras por meio das credenciadoras ou subcredenciadoras escolhidas pelo lojista, as quais estabelecerão conexão operacional com as primeiras. As registradoras, por sua vez, poderão disponibilizar a qualquer financiador a quem o lojista consentir o acesso a essas informações, de forma simples e padronizada.

Na semana passada, ao confirmar que a data de estreia do novo modelo seria mantida, o BC destacou que sua expectativa é de que a concorrência na negociação de recebíveis de cartão aumente, propiciando a redução do spread e o aumento do volume das operações, principalmente no segmento de micro e pequenas empresas, mais dependente de garantias para a obtenção de crédito.

Oportunidades de negócios e serviços

Para as fintechs, o novo modelo vai trazer mais oportunidades de negócios e serviços, além da entrada de novos players no mercado. De acordo com o diretor executivo da Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs), Renan Schaefer, a regulamentação traz muito potencial de desenvolvimento de negócios e permite que empresas menores tenham o mesmo nível de acesso a produtos financeiras que hoje são oferecidos somente para as grandes companhias. 

Schaefer ressalta, ainda, que o novo modelo de negócio permite um maior acesso à informação e, com isso, uma garantia que antes não existia, reduzindo o risco e, consequentemente, a taxa de juro.

“Antes, existia no mercado um fator chamado assimetria de informação, essa questão fazia com que empresas grandes e mais maduras conseguissem prover um nível de informação maior para os agentes financeiros. Agora, com acesso a essas informações, isso dá um grau de segurança e grau de informação muito grande, o que permite precificar melhor e oferecer melhores produtos. Quanto mais informação disponível mais possibilidade de geração de negócios competitivos no mercado”, explica. 

A avenida de crescimento para as fintechs é grande. Não à toa, novos players começam a avançar no segmento. É o caso da Marvin, recém-chegada ao mercado, que lançou uma plataforma que busca democratizar as vendas da indústria, ampliando prazo sem assumir o risco de crédito do seu cliente, o pequeno varejo. E na largada, conseguiu um aporte da Mauá Capital, gestora fundada pelo ex-BC Luiz Fernando Figueiredo. 

O plano da Marvin é transacionar R$ 500 milhões ao longo do segundo semestre. “Nascemos com volume transacionado grande porque o tíquete médio é grande”, contaram ao Finsiders recentemente os empreendedores Bernardo Vale e Henrique Echenique.

A fintech já tem acordos com cinco grandes indústrias, incluindo distribuidores de combustível a empresas de materiais de construção, além de uma das maiores redes de franquias do país — por contrato, os nomes não foram revelados. “Não estamos anunciando ainda, mas o que dá para dizer é que todos eles vendem para, pelo menos, 3 mil PDVs, como lojas, restaurantes e postos de combustíveis. É um efeito cadeia absurdo”, afirmaram.

A Monkey Exchange, marketplace de recebíveis, lançou o Spike este ano, conforme antecipou o Finsiders. Trata-se de uma plataforma para negociação de recebíveis de cartão de crédito. No Spike, lojistas poderão oferecer sua carteira de recebíveis de cartão de crédito ou parte dela para financiadores — hoje em seu marketplace de recebíveis, a fintech tem mais de 30 parceiros, incluindo grandes bancos nacionais, internacionais e instituições financeiras de médio porte, com foco no atendimento a empresas.

“Tomamos a decisão no meio do ano passado. Entendemos que seria importante entrar em payments e construímos a plataforma do zero”, relembra Gustavo Muller, CEO e fundador da Monkey Exchange, em entrevista exclusiva ao Finsiders. A plataforma está funcional há um mês, diz ele. “Já temos alguns clientes, estamos indo para o quinto contrato”, revela, sem abrir nomes. Agora em junho, a fintech vai anunciar um acordo com uma credenciadora, adianta o empreendedor.

Para atuar neste novo mercado, a fintech já desenvolveu três novos produtos, mas Muller só abre detalhes sobre dois: o marketplace e a plataforma white-label, para credenciadoras e instituições financeiras para que possam ofertar para riscos de outras credenciadoras. “Inicialmente, a estratégia é trabalhar mais no atacado. Temos base de clientes que tem convergência para esse produto. Depois vamos para estratégia de varejo massificado. Prevemos por volta de R$ 1 bilhão em volume transacionado, somando os dois produtos (marketplace e white-label)”, estima.

O CEO da CERC, Fernando Fontes, lembra que no modelo antigo quem financiava a compra a prazo acabava sendo o lojista e, ao dar prazo para o consumidor, ele precisava de mais capital de giro para aumentar as vendas. Com a mudança, a autoridade monetária buscou dar mais uniformidade no modo de agir do mercado como um todo. Antes, a informação estava distribuída e cada um sabia o que vendeu na sua maquininha. Agora, está tudo centralizado e, com autorização do empresário, qualquer pessoa ou empresa pode ter acesso a essas informações e, com isso, oferecer uma taxa mais justa. 

Fontes ressalta, ainda, que essa mudança para as pequenas empresas terá o impacto que o crédito consignado teve para as pessoas físicas. “O consignado trouxe uma garantia real e deu coragem para os bancos fazerem crédito com taxa mais baixa. Se o banco tem segurança, ele aumenta o apetite, o prazo e o portfólio”, afirma. 

A diretora da TAG Registradora, Caroline Cypriano, também concorda que esse arcabouço normativo inédito visa reduzir o tempo de recuperação de garantias e a assimetria da informação e levar os credores a conhecerem o seu real risco de crédito, o que no limite, aliado à maior concorrência entre credores, se reverte em menores spreads bancários. 

Ela avalia, ainda, que a expectativa é de que surjam novos credores, como marketplaces de crédito, fundos de investimento em direitos multicedente e multisacado, SCDs, etc., além das tradicionais instituições financeiras, o que tornará o acesso ao crédito de empreendedores no Brasil mais fácil, mais eficiente e mais barato.

Tanto a CERC quanto a TAG acreditam que esse é só o começo das mudanças. “Este é apenas o primeiro passo. Vislumbramos uma expansão em produtos e serviços como plataforma, para além do registro de novos ativos, como de duplicatas escriturais e a realização da escrituração em si”, acredita Caroline. 

O CEO da CERC adiantou que a registradora irá explorar as oportunidades que surgem com a regulação e que um dos seus diferenciais será a oferta de soluções e serviços aderentes a cada cliente. Já Caroline revelou que a TAG tem trabalhado em três frentes para ampliar a base de clientes, são elas: técnica, customer experience e comercial. 

Impactos

Para o CFO da BLU, Rafael Sobral, o mercado é “gigante, muito ineficiente e pouco explorado” e quem deve sentir algum impacto negativo com a mudança são os adquirentes. Segundo dados da Abecs, o mercado de cartões movimenta R$ 2 trilhões, sendo R$ 1,18 trilhão em crédito.

“Quem vai sofrer são os grandes adquirentes, que têm como principais linhas a antecipação de recebíveis, depois as instituições financeiras, que fazem esse tipo de operação, e vai ser mar azul para fintechs, para empresas mais disruptivas, que operam mais o digital, entendem o que agrega valor aos serviços. Enxergamos com muito bons olhos e queremos ajudar com soluções boas para o varejo. A gente está na onda das empresas que vão causar a disrupção”, avalia. 

Para o fundador e CEO da Trademaster, Francisco Pereira, a agenda do BC busca quebrar essas relações um a um com a democratização de acesso aos recebíveis e Open Banking. “Essas iniciativas favorecem os consumidores e o papel da Trade é não só levar a competitividade, mas ter soluções aderentes ao dia a dia do varejo. Criar coisas que não estavam disponíveis até ontem, ajudar o varejo a comprar melhor, ajudar marketplace, e desenvolver várias soluções. Temos uma arquitetura flexível que permite a criação rápida de produtos”, afirma, acrescentando que com o novo modelo a expectativa é de um incremento de 20% no volume de crédito disponível hoje. 

Outro empresário que está bastante otimista é o sócio-fundador da Justa, Eduardo Vils, que estima um crescimento de pelo menos seis vezes no volume transacionado na maquininha, que hoje está em R$ 1 bilhão.

Para Vils, os bancos vão continuar sendo os principais fornecedores de crédito, mas as fintechs vão incomodar. “Não vejo êxodo de migração de crédito dos grandes bancos para as fintechs. As fintechs podem incomodar, é mais um caminho, mais uma estrada para ir do ponto ‘A’ para o ‘B’ com pedágio mais justo e um serviço mais legal. As fintechs vão ganhar muito espaço não só por conta de caixa, mas também pela experiência. A gente entende que foi um dos propulsores para mudar o mercado”, avalia. 

Ele pondera, ainda, que como toda mudança, pode haver algum imprevisto no primeiro dia, mas garante que a Justa está bem preparada para esta fase. “Treino é treino, jogo é jogo. A gente está preparado para o que der errado. E, se der errado a gente vai consertar. Mudanças são positivas”, enfatiza.

(Alessandra Taraborelli, para o Finsiders. Colaborou Danylo Martins)

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Danylo Martins é jornalista com dez anos de cobertura de finanças, empreendedorismo e inovação no setor financeiro. Com MBA em mercado de capitais, é vencedor de quatro prêmios de jornalismo econômico e colabora com o jornal Valor Econômico há oito anos. Teve passagens por Folha de S.Paulo e revista Você S/A.

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