PME em alta: Conta Simples levanta mais R$ 14 milhões de seed money

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O segmento de PMEs tem se tornado cada vez mais o queridinho de bancos digitais e fintechs. Um filão e tanto. E os investidores mundo afora também sabem disso.

Hoje, foi a vez da Conta Simples, fintech que oferece serviços para micro e pequenas empresas, anunciar que recebeu um seed extension de R$ 14 milhões (US$ 2,5 milhões) da Y Combinator — responsável por acelerar a empresa em julho do ano passado, quando recebeu o primeiro investimento de R$150 mil. Com isso, a fintech fecha a rodada seed com R$ 28 milhões captados e lança uma categoria de fintechs que une software de gestão de despesas e conta corrente.

Em dezembro do ano passado, a Conta Simples já havia fechado uma rodada quando também recebeu um aporte de R$ 14 milhões liderado pelo fundo Quartz e com participação dos fundos FJ Labs, Big Bets, DOMO, Ab Seed e dos ex-sócios da XP Marcelo Maisonnave, Eduardo Glitz e Pedro Englert. Desde a fundação, em 2018, a Conta Simples já levantou aproximadamente R$ 30 milhões em investimentos. 

“Fico extremamente honrado, pois esse é um movimento raro da Y Combinator, que fez um montante de investimento nessas proporções com pouquíssimas empresas no mundo. Tê-los como nossos investidores e com essa presença no nosso captable só nos dá mais energia e confiança para seguir o caminho que estamos trilhando”, diz Rodrigo Tognini, CEO da Conta Simples, no comunicado à imprensa. 

O aporte extra da Y Combinator será usado em melhorias e evolução do produto, reposicionamento no mercado e desenvolvimento da nova marca e identidade visual. “Temos uma estratégia forte de marketing e posicionamento, que é se consolidar no mercado financeiro no Brasil e na América Latina. Nosso grande diferencial é no produto de gestão de despesas vinculado à conta corrente”, explica Tognini. O próximo passo é entrar com o pedido no Banco Central para se tornar uma SCD (Sociedade de Crédito Direto).

Anu Hariharan, sócio da Y Combinator e membro do conselho de Brex e Monzo, diz que o aporte é fruto da escalada da fintech em 2020. “Decidimos aumentar o investimento na Conta Simples devido ao seu impressionante crescimento no último ano. Estamos muito otimistas com os próximos passos. A Y Combinator teve muito sucesso com modelos de negócios similares no mercado americano e europeu”.

Crescimento acelerado

A Conta Simples registrou um crescimento de 60% ao mês em 2020. Com o segundo investimento da Y Combinator, a fintech viu seu valuation saltar em 5 vezes em menos de 3 meses. Além disso, anunciou uma parceria recente com a Visa.  “O futuro dos bancos é o software. É necessário facilitar a experiência e a jornada financeira das empresas através de sistemas inteligentes e automatizados que, ao mesmo tempo, façam o trabalho de um banco. Ou seja, transferindo, realizando pagamentos, empréstimos e todo o básico que qualquer outro banco faz”, avalia Tognini.

Por isso, em 2020, a Conta Simples focou no desenvolvimento de um produto que facilitasse a jornada do financeiro por meio de um software, que também é conta corrente. A fintech permite descentralização e eficiência nos pagamentos, criação de múltiplos cartões corporativos, autonomia para as equipes sem perder controle das despesas, além de visibilidade e redução de gastos duplicados.

A bola da vez

A Conta Simples não está sozinha na disputa pelas PMES. Muito pelo contrário. Nomes como BTG+ business, Original, Inter, Neon (com foco no MEI, principalmente) avançam com oferta para capturar as pequenas e médias empresas do país. Isso sem contar algumas fintechs, entre elas, Cora, fundada por Igor Senra e Leonardo Mendes. A empresa, que levantou sua série A em abril, está colocando gasolina no tanque para oferecer crédito, como contou Senra ao Finsiders.

Além dela, concorrem nesse nicho o Linker, fundado pelos ex-executivos de bancos, Ingrid Barth (ex-JP Morgan e Neon), David Mourão (ex-Itaú e Vinci Partners) e Daniel Benevides (ex-Neon). A fintech começou com uma conta digital PJ, lançou o cartão de débito físico em 2020 e uma ferramenta de link de pagamentos, o LinkerPay. Captou um seed money em dezembro do ano passado, conforme antecipou o Finsiders à época, e deve fazer uma nova rodada este ano, apurou o Finsiders.

Também está nessa lista o BS2 (antigo Bonsucesso), de Marcos Magalhães. Recentemente, o banco anunciou a aquisição da fintech israelense Weel, com foco na antecipação de recebíveis. Fundado pela família Pentagna Guimarães, atualmente, tem uma carteira de cerca de R$ 8 bilhões em diversos segmentos. A fintech mexicana Clara, que auxilia empreendedores na gestão de gastos corporativos, também está de olho neste mercado. Capitalizada, está atualmente trabalhando em sua expansão para o Brasil

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Redação: Conteúdos produzidos pela equipe de jornalistas do Finsiders,
além de artigos de executivos do setor

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