BNPL

Crediário digital, o BNPL, é aceito só em 18% do comércio eletrônico no Brasil

O estudo sobre a modalidade que ficou conhecida como BNPL quando passou a ser oferecida pelas fintechs é do Morgan Stanley

Foto: Kreatikar/Pixabay
Imagem: Kreatikar/Pixabay

No Brasil, somente 18% do comércio eletrônico aceita BNPL, nome pelo qual ficou conhecido o crediário digital oferecido pelas fintechs. BNPL é a sigla em inglês para “compre agora e pague depois”.

A conclusão é de um relatório do banco americano Morgan Stanley. Segundo o estudo, baseado em uma amostra de 150 sites, os dois fornecedores de BNPL mais aceitos no Brasil são Pagaleve e NuPay.

No geral, a aceitação no Brasil aumentou 7 pontos percentuais em um ano. No entanto, a modalidade ainda é bem menos usada por aqui do que no México, por exemplo, onde a oferta de BNPL no e-commerce é dominada por quatro fintechs, e já atinge 29% de aceitação. Em relação aos 63% de aceitação do BNPL nos e-commerces dos Estados Unidos, há um caminho ainda mais longo a percorrer.

A metodologia usada pelo Morgan Stanley difere da que a consultoria brasileira GMattos adota. Segundo levantamento da GMattos, que acompanha o mercado de pagamentos digitais no Brasil desde 2021, o percentual de aceitação do BNPL aqui em março era maior: 39%.

Além de uma amostra menor (59 e-commerces), a GMattos inclui na modalidade BNPL os diferentes tipos de oferta para parcelamento compras de fora do cartão de crédito. Ou seja, via bancos ou financeiras, crediário próprio da loja ou por fintechs.

Otimismo com BNPL

"Continuamos otimistas. Nossa visão é que o BNPL crescerá com sucesso na América Latina, beneficiado em grande parte por cinco fatores principais: digitalização dos pagamentos; forte procura de crédito por parte de uma população numerosa, mal servida e jovem; crescente penetração do comércio eletrônico; oferta atraente ao consumidor; e proposta de valor atraente para comerciantes", diz o relatório do Morgan Stanley.

Segundo o banco, os volumes de BNPL devem atingir cerca de US$ 31 bilhões e as receitas, US$ 6 bilhões (considerando México e Brasil) até 2028.

No Brasil, “Pague com 2 Cartões” — uma funcionalidade que permite aos usuários fazer upload de dois cartões na finalização da compra (por exemplo, um cartão Visa e um American Express) – foi novamente o maior ganhador entre os meios de pagamento mais aceitos. Tornou-se rapidamente uma das 10 opções de pagamento mais disponíveis no Brasil, após aparecer pela primeira vez em na pesquisa do Morgan Stanley há apenas um ano.

Não é um novo método de pagamento, mas uma funcionalidade que permite aos compradores pagar com dois cartões de crédito separados.