Qual é a hora certa de uma fintech buscar aportes de investidores? “Nosso sonho é ser uma das seis maiores fintechs do Brasil até 2023, mas não vamos fazer isso de qualquer jeito. Vender ações agora pode sair muito caro para nós. Quando chegar a hora certa, será para dar um impulso forte. Queremos ser unicórnio e não apenas mais um pônei”.
A metáfora é de Eduardo Vils, sócio e fundador da fintech Justa. “Como o próprio nome já diz, nascemos para tornar o mercado de pagamentos e de crédito mais justo para o pequeno empreendedor brasileiro”, explica.
Uma das sacadas da Justa foi incluir nas suas maquininhas de cartão uma opção para que os comerciantes possam fazer parcelamento das venda com juros. “Não há nada de errado em cobrar preços diferentes a vista e a prazo, ao contrário. Isso é um dogma, na verdade é uma pegadinha. Quem cobra preços iguais está majorando o preço a vista. O certo é vender a vista com desconto, ou a prazo com parcelas a uma taxa justa – o preço final será maior do que o preço a vista, o que é justo. E sabendo calcular a diferença, o comerciante faz uma gestão muito melhor das vendas com cartão”, diz.
Vils definie a Justa como uma “empresa modular que se pluga com quem é especializado em diferentes modalidades de crédito”, ou seja, trabalha com diversos parceiros. No ano passado, foi uma das escolhidas pelo BTG para distribuir uma linha de crédito social criada na pandemia. Neste ano, o banco colocou mais R$ 60 milhões em linhas comerciais à disposição da Justa, e com a forte demanda, o BTG acabou liberando esse limite.
“Já estamos presentes em todos os estados brasileiros e cobrimos cerca de metade dos muncípios”, diz.
Saiba mais sobre os planos da fintech assistindo à entrevista que Vils concedeu ao canal no Youtube do Portal Fintechs Brasil.