Artigo | As vantagens de ser um 'banco de nicho'

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Por Otávio Farah*, exclusivo para o Finsiders

Cada vez mais as empresas, como donas das relações financeiras, percebem que podem se valer de ferramentas tecnológicas de meios de pagamentos e se transformar em um marketplace de produtos e serviços financeiros, com poder de banco voltado para o seu público e seu mercado.

Com o controle das informações e da pagadoria, o ‘banco de nicho’ transforma jornadas de negócios já existentes em shoppings virtuais que interessam aos seus parceiros, aproximando clientes, fornecedores e colaboradores.

Com ele, a formalização dos negócios fica mais ágil, abrindo o campo para a oferta de novos produtos e serviços para esses ecossistemas.

O controle sobre a formalização do negócio, que é a gestão do pagamento e do dinheiro, é uma ferramenta que as empresas passaram a experimentar recentemente com a inovação e a capacidade da contratação de infraestrutura financeira como serviço.

Num passado recente, este passo — o pagamento — era dado exclusivamente dentro de um banco. Hoje, a realidade é outra. O empresário e seu parceiro de negócio não precisam mais acessar uma agência para fazer um pagamento ou pegar um empréstimo, por exemplo. Tudo pode ser feito dentro da jornada do negócio, com as contas digitais.

Otavio Farah, CEO do FitBank (Divulgação)
Otavio Farah, CEO do FitBank (Divulgação)

Outra novidade é a garantia de acesso à informação detalhada e precisa sobre cada pagamento. Com as soluções cada vez mais eficientes criadas pelo ‘core banking como serviço’, as empresas podem ter a uma logística de dados mostrando onde há espaço para a oferta de novos produtos e serviços financeiros e não financeiros para seu público.

Se o ‘banco de nicho’ atende imobiliárias, por exemplo, ele tem informações sobre o perfil dos corretores de imóveis e sua capacidade financeira, e pode customizar serviços que interessem a eles. Neste exemplo, para o corretor também é mais fácil conseguir um benefício: ele já tem um perfil pré-aprovado pelo seu parceiro de negócio.

Além de corretores, trabalhadores autônomos ou com empregos temporários e flexíveis, como representantes da chamada venda porta a porta, também têm necessidades financeiras que não são de fácil acesso, mas que, sem dificuldades, são preenchidas por um “banco de nicho”.

Com pouco dinheiro de reserva e sem ganho regular, esta clientela busca pagamentos rápidos e alternativas financeiras que a ajudem a cobrir despesas mensais.

Hoje, todas as transações financeiras já podem ser feitas pelo aplicativo de um celular: abertura de contas, pagamentos, empréstimo, antecipação de crédito, e muito mais.

E neste campo também se encontra o ‘banco de nicho’, criado dentro de uma empresa para atender o ecossistema da própria empresa. Ele surge nas companhias com soluções financeiras customizadas e embarcadas, o ‘embedded finance’, ou seja, soluções específicas para seu público e suas dores em particular.

São muito diferentes dos bancos, que têm uma prateleira de produtos e serviços iguais para todos os tipos de clientes — que devem se adaptar a um deles.

Por fim, lembro que o momento em que estamos no Brasil, em plena implantação do Open Finance, fortalece a posição estratégica do ‘core banking como serviço’ dentro das empresas.

Com um background eficiente de infraestrutura tecnológica construída em nuvem, é possível manter um ‘one-stop-shop’ de serviços financeiros totalmente embedados para o atendimento cada vez mais eficiente de seus clientes.

*Otávio Farah é CEO do FitBank, infratech banking que oferece soluções plug and play para que seus clientes disponibilizem serviços financeiros personalizados, atendendo hoje 180 empresas.

As opiniões neste espaço refletem a visão dos especialistas e executivos de mercado, e não a do Finsiders.

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Redação: Conteúdos produzidos pela equipe de jornalistas do Finsiders,
além de artigos de executivos do setor

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