O head de parcerias estratégicas do BS2, Nathan Yoles, acaba de deixar o banco. Seu último dia foi na sexta-feira (21). Em uma decisão pessoal, o jovem executivo de 29 anos está fazendo as malas para se mudar para a Indonésia (sim!), onde vai liderar, a partir de novembro, uma nova divisão de negócios do super app KoinWorks.
Único latinoamericano na equipe, Nathan será Chief Digital Banking Officer do banco digital, que tem cerca de 900 colaboradores, sede em Jacarta (Indonésia) e escritórios em Bali (ilha na Indonésia), em Singapura, na Índia e no Vietnã.
“Em agosto, um headhunter do Vale do Silício me procurou para falar sobre a oportunidade. Eu não estava buscando, até porque me sinto bem no banco. Mas o desafio de impulsionar o começo de uma carreira internacional e de desbravar uma nova cultura corporativa e mercadológica me fez tomar essa decisão, que não foi fácil”, conta Nathan, em conversa exclusiva ao Finsiders.
Fundada em 2016, a KoinWorks opera no mercado de pessoas físicas com uma plataforma de empréstimos P2P, que reúne mais de 2 milhões de usuários, e vem avançando entre as pequenas e médias empresas (PMEs) — que representam mais de 60 milhões dos negócios na Indonésia.
“O grande foco de geração de receita deles é nessa nova divisão de PJ, que estou indo para liderar”, conta Nathan. Inicialmente, ele vai conduzir uma equipe de cerca de 80 funcionários, mas que tem planos de expansão para algo como 250 pessoas nos próximos três anos.
A empresa está capitalizada. Em janeiro deste ano, a KoinWorks levantou US$ 108 milhões em uma rodada Série C liderada pela firma de Venture Capital MDI Ventures, que já investiu em mais de 50 companhias ao redor de 12 países.
Ao longo de sua história, a fintech já captou mais de US$ 180 milhões e tem no captable fundos como o norte-americano Quona Capital (que investiu nas brasileiras BizCapital, Creditas e Neon, por exemplo).
Desafio
Nathan assumiu uma posição no BS2 no ano passado, depois que o banco digital mineiro comprou a fintech israelense Weel por um valor não revelado (o Finsiders contou a história na época, lembra?).
O executivo foi responsável por trazer a Weel ao mercado brasileiro, liderando o crescimento da empresa fundada em 2015 em Tel Aviv pelos brasileiros Simcha Neumark e Shmuel Kalmus pelo norte-americano Russell Weiss.
Antes, Nathan — que é formado em administração — atuou no private bank do Bradesco e no fundo de Venture Capital israelense Krypton VC 4.0.
No BS2, o executivo vinha liderando uma unidade de negócios de parcerias estratégicas, como parte de uma grande transformação da instituição mineira para se tornar um banco digital especializado em PJ. Nesse processo, inclusive, o BS2 trouxe Marcos Magalhães (ex-presidente da Rede) como CEO.
A cadeira de Nathan agora será ocupada por Rubens Pellegrino (ex-Supplier, Rede e Itaú).
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