RADAR: BB oferece investimentos via Open Finance e transferbank levanta novo aporte

Em um novo movimento no Open Finance, o Banco do Brasil (BB) passou a oferecer nesta semana a opção de investir nos fundos de investimento do banco debitando o valor em contas mantidas pelos clientes em outras instituições financeiras. Trata-se, portanto, de um novo caso de uso — e o primeiro envolvendo investimentos — a partir da iniciação de transação de pagamentos.

Em nota, o presidente do BB, Fausto Ribeiro, disse que a novidade materializa a conveniência e praticidade que o Open Finance pode trazer na prática para os clientes. “Nosso portfólio completo de fundos de investimentos e nosso pioneirismo no Open Finance também neste segmento de negócios materializam a nossa busca permanente por sermos a principal instituição financeira no relacionamento com nossos clientes. Acreditamos que esse é o caminho para sermos próximos e relevantes na vida das pessoas”, afirmou.

Recentemente, o banco disponibilizou o serviço de iniciação de pagamentos via Pix para transferência de dinheiro de outras instituições financeiras por meio do app BB, solução que também já chegou ao WhatsApp. Segundo a instituição, atualmente mais de 1,2 milhão de clientes compartilham dados de outros bancos com o BB.

Câmbio é pop

O transferbank, fintech de pagamentos e recebimentos internacionais, acaba de levantar R$ 4 milhões em uma rodada seed. Sem revelar os nomes dos investidores, a empresa diz que foram empresários estratégicos dos mercados bancário e de logística. A startup já tem no captable nomes como Alphonse Voigt e Wagner Ruiz, cofundadores do Ebanx.

O aporte chega num momento em que a startup atingiu R$ 2,2 bilhões transacionados por sua plataforma digital de câmbio. Fundado em 2019, o transferbank viu o número de empresas atendidas crescer mais de 80% do primeiro para o segundo ano de atuação. Já em 2022, a expectativa é que esse número aumente em 60%.

Entre os clientes de operações de VCs, o transferbank já atendeu fundos de investimentos como Caravela Capital, Honey Island, ACE, TM3 e Kapture. Estão na lista, ainda, startups como Diferente, Olist, bxblue, OmniChat, Triven, James Delivery e BossaBox.

“O objetivo agora é utilizar esse capital na evolução da nossa plataforma digital, na condução de novos produtos, mas, principalmente, no fomento do crescimento da operação de câmbio nos setores de comércio exterior, Venture Capital e desenvolvedores de software que prestam serviços para o exterior. Nossa meta é alcançar um crescimento exponencial de clientes nesses setores nos próximos meses”, afirma Luiz Felipe Bazzo, CEO do transferbank, em nota.