Atualizado às 18:00
Mesmo apresentando lucro líquido recorrente (que exclui fatores extraordinários) 56% maior do que há um ano, de R$ 6,5 bilhões no segundo trimestre, o Itaú ainda está distante do desempenho de antes da pandemia – no quarto trimestre de 2019, o resultado bateu nos R$ 7,3 bilhões, número que despencou pela metade no primeiro trimestre de 2020. De lá para cá, a instituição financeira vem reagindo, com a recuperação gradual dos números.
A carteira de empréstimos do banco fechou praticamente estável na comparação trimestral, o que não acontecia desde o terceiro trimestre de 2017. As linhas de crédito no Brasil tiveram um bom desempenho, mas a carteira total foi impactada pela queda de 12% na carteira da América Latina.
A explicação para o recuo foi a explosão social que ocorreu no fim do ano passado na Colômbia e no Chile, que afetou os resultados do Itaú, que teve que aumentar o nível de provisões para enfrentar prejuízos por inadimplência; o Chile, por exemplo, cresceu metade do resultado de 2018, menor nível em dez anos. Na Argentina a situação não foi diferente, e o banco reduziu sua exposição no país no compasso dos indicadores que pioraram na terceira maior economia latino-americana, sem expectativa de reversão no curto prazo.
A iniciativa Ivarejo do Itaú avança no seu esforço de integrar as agências físicas do banco com o seu app. “O banco atingiu a maior pontuação de NPS em seu aplicativo, o que vemos com bons olhos, já que o mundo digital será o principal campo de batalha para absorver novos clientes no futuro”, diz a análise da XP Investimentos sobre os resultados do banco. O retorno recorrente sobre o patrimônio líquido médio anualizado (a remuneração do acionista) foi de 18,9% no segundo trimestre, um crescimento em relação ao apurado no segundo trimestre de 2020 (13,5%) e na comparação com os três meses anteriores (18,5%).
“Os resultados do Itaú estavam em linha com nossos números, mas impressionaram, pois foram capazes de produzir um resultado sólido e melhoraram a qualidade dos ativos e o índice de cobertura. No conjunto, esperamos que as ações tenham um bom desempenho amanhã, mas mantemos nossa classificação neutra e TP de R$28,00 por ação, principalmente devido à nossa visão sobre a concorrência e disrupção no setor”, diz a XP Investimentos.
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App íon passa a agregar carteiras de investimentos do cliente em outros bancos
O Itaú apresentou ao mercado a nova função do seu aplicativo de investimentos íon: agregador de investimentos. O serviço permite a visualização, em um único painel, de até oito carteiras distintas, sejam elas de diferentes contas do Itaú, de outros bancos ou corretoras. Segundo o banco, o íon passa a ser o primeiro aplicativo de uma instituição bancária no país a oferecer essa opção, que está inserida no conceito de Open Banking e inovação em serviços financeiros.
O aplicativo, disponível para download nas lojas de apps, nasceu no final de 2020 e desde então segue em constante aprimoramento e evolução, novas funcionalidades e produtos de investimento serão adicionados ao aplicativo ao longo do tempo. O time que desenvolve o app conta com mais de 230 profissionais, entre colaboradores do banco e parceiros. Até o momento, o íon já soma mais de R$ 112 milhões em aplicações feitas diretamente pelo app e, aproximadamente, R$ 67 milhões em resgates. O íon já pode ser baixado na Apple Store e na Google Play.
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