Por Renata Marini*
Não é novidade que a influência se tornou uma ferramenta poderosa para impulsionar a venda de produtos e serviços. Ao menos desde 2016, convivemos com o crescimento exponencial de influenciadores nas redes sociais, especialmente aqui no Brasil.
Segundo pesquisas, cerca de 40% dos brasileiros que compram pela internet buscam a opinião de algum influenciador para ter certeza da qualidade do produto. Nosso país é um dos líderes no mercado de influência, possuindo cerca 10,5 milhões de influenciadores no Instagram.
Um estudo da Influencer Marketing Hub também mostra que o investimento, de maneira global, em marketing de influência cresceu de US$ 1,7 bilhão para US$ 13,8 bilhões entre 2016 e 2021. Trata-se, portanto, de um mercado em ascensão e com inúmeras oportunidades para as marcas.
É importante destacar que o marketing de influência ganha relevância justamente em um contexto de hiperconectividade, em que todo mundo consome um volume desenfreado de informações e as marcas precisam criar caminhos para disputar a atenção do seu público-alvo. E atualmente, para ser relevante, é preciso engajar comunidades e, consequentemente, influenciar comportamentos.
Além disso, o que os consumidores querem hoje em dia é uma comunicação legítima e direta. Sabemos que as mensagens aterrissam melhor quando são feitas de pessoa para pessoa, e não mais do ponto de vista da marca. Nesse contexto, o marketing de influência se torna uma das principais ferramentas.
Dessa forma, diversos setores da indústria já utilizam a estratégia do marketing de influência em suas campanhas, e com o setor financeiro isso não é diferente. Basta entrar nos canais de comunicação das instituições financeiras, ou assistir a campanhas recentes de TV para perceber o movimento: os criadores de conteúdo digitais, assim como artistas e outas celebridades, estão sempre presentes.
Um bom exemplo é o C6 Bank, nativo do meio digital e que já nasceu parceiro de criadores de conteúdo. Desde a sua fundação, em 2019, já foram firmadas parcerias com mais de 100 profissionais que conversam com públicos distintos, como viajantes, investidores e comunidade trans.
No ano passado, o Itaú também deu um passo importante no fomento à “creator economy”. O banco lançou a primeira edição do Academia Itaú de Criadores, um programa de aceleração que tem por objetivo capacitar pessoas que atuam na área. Ao final do programa, alguns influenciadores seriam escolhidos para integrar o time de criadores do Itaú.
Bancos e fintechs têm usufruído da estratégia da influência de diferentes formas, mas principalmente para se aproximar mais do cliente, educá-lo financeiramente, informar as novidades e gerar receita.
Contudo, vale sempre o alerta da importância de executar essas parcerias com muita estratégia e alinhamento. Afinal, quando você empresta sua marca para alguém, precisa existir um conhecimento profundo mútuo dos negócios e muita responsabilidade.
As opiniões neste espaço refletem a visão dos colunistas, e não a do Finsiders. O Finsiders não se responsabiliza pelas informações apresentadas pelo(a) autor(a) do texto.
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