Torneira secou: Fintechs captam US$ 8,5 milhões em fevereiro

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Em fevereiro, as fintechs brasileiras captaram modestos US$ 8,5 milhões em três deals. Para as startups de maneira geral — que levantaram apenas US$ 84,1 milhões em 19 operações –, foi o segundo menor volume de investimentos para o mês de fevereiro desde 2014. Os dados são do levantamento Inside Venture Capital, produzido mensalmente pelo hub de inovação Distrito.

A quantia aportada em fintechs brazucas no mês do Carnaval caiu 73% em relação ao volume registrado em janeiro, quando as empresas levantaram US$ 31,7 milhões. Já em relação ao resultado de um ano atrás, a comparação é de “dar dó” — em fevereiro de 2022, as fintechs no Brasil haviam recebido US$ 567 milhões (tudo bem que teve a Série D de US$ 300 milhões do Neon...).

Considerando os dois primeiros meses de 2023, o montante captado pelas fintechs foi de singelos US$ 40,2 milhões em somente 13 deals. Em fevereiro, das três captações anunciadas, duas delas foram de dívida — ContaFuturo e Ulend, que levantaram recursos com as gestoras Empírica e Sollis, respectivamente — e uma em equity (Dattos, que captou uma rodada liderada pela Igah Ventures).

Cenário privilegia M&A

Em nota, o Distrito destaca que a escassez de recursos, por conta da elevação global de juros, tem levado empresas e fundos de investimento a cortar custos ou reavaliar investimentos. “É muito difícil prever quando veremos sinais de melhora no mercado”, afirmou Gustavo Gierun, managing partner da empresa.

Na visão dele, as startups continuarão buscando cortar custos, assim como vão recorrer a estruturas de funding alternativas, como Venture Debt, além de operações de M&A. Aliás, esse segmento tem demostrado mais resiliência, num sinal de que os empreendedores veem na consolidação uma alternativa ao ambiente mais restritivo.

De acordo com o levantamento do Distrito, foram 11 M&As em fevereiro, contra 14 no mesmo mês de 2022. As fintechs (com três operações) e agtechs (também com três) e as healthtechs (duas) foram os setores com maior número de transações. Entre os M&As entre startups, destaque para a compra da Finansystech pela Celcoin.

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