A CredMei, especializada em antecipação de recebíveis para PMEs, acaba de realizar uma captação de R$ 15 milhões via debêntures por meio da plataforma AmFi, que conecta originadores e investidores por meio da tecnologia blockchain. A notícia foi anunciada com exclusividade ao Finsiders Brasil.
A operação terá 36 meses e saiu a um custo prefixado de 16,3% ao ano. O lastro são as duplicatas que a CredMei usa como recebíveis dos seus clientes. Esses títulos terão registro na SPC Grafeno, a registradora que nasceu da união entre o SPC Brasil e a Grafeno.
Com o recurso, a fintech vai continuar expandindo suas operações com foco em clientes middle e corporate de diferentes setores e indústrias nas regiões de Minas Gerais e interior de São Paulo.
Não é a primeira vez que a CredMei acessa o mercado de capitais por meio desse tipo de estrutura, baseada em tokens. Em dezembro do ano passado, a startup levantou R$ 40 milhões usando outra plataforma de finanças descentralizadas (DeFi), a Credix.
“A gente enxerga três características principais no novo mercado de capitais que está surgindo: participação de novos investidores, tokenização como nova e principal forma de captação de recursos e o acesso ao funding deverá ocorrer de forma mais ágil e eficiente”, afirma Guilherme Ribeiro, fundador e CEO da CredMei, em nota.
Duplicatas tokenizadas
A captação ocorre num momento em que começa a ganhar força a tokenização de recebíveis, como as duplicatas. Na AmFi, a expectativa é estruturar mais de R$ 300 milhões neste ano em instrumentos desse tipo, informa Paulo David, fundador e CEO da empresa. No mercado, de maneira geral, estimativas sugerem que o volume de operações de crédito envolvendo esses ativos pode alcançar R$ 10 trilhões nos próximos anos.
“O registro traz imenso valor para o mercado, pois confere segurança. A registradora verifica lastro, autentica a existência daquele direito e garante que ele é único. Assim, viabiliza e destrava o crédito no Brasil, fomenta a competição, barateia taxas de juros e melhora a economia como um todo”, diz Magno Neto, CEO da SPC Grafeno.
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