Cerca de dois anos após o pedido da B3, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou, na quinta-feira (28/03), o lançamento do contrato futuro de Bitcoin (BIT) pela bolsa. A expectativa da instituição é começar a oferta do produto no próximo dia 17 de abril. Mas a confirmação da data precisa ainda da aprovação, pelo regulador, do manual operacional da bolsa com as regras do contrato. Esse mercado de fundos de criptos na B3 somava R$ 2,5 bilhões no final de 2023.
O contrato futuro é aquele em que o investidor se compromete a comprar ou vender um ativo numa determinada data e a preço pré-fixado. Assim, aposta num valor do ativo numa determinada data. E com isso, pode tentar se proteger da variação do preço. A referência do contrato da B3 é o índice Nasdaq Bitcoin Reference Price (NQBTC).
Como será
O valor de um contrato será equivalente a 0,1 bitcoin, portanto, 10% do valor da criptomoeda em reais. O vencimento é mensal, na última sexta-feira do mês. A liquidação é só financeira, porque não há compra e venda de criptos, diferente do contrato à vista (spot).
No início, a B3 disse que haverá formadores de mercado, que negociam o produto para dar liquidez e confiança na formação de preços. “O contrato atende uma demanda por um derivativo que permite a proteção da oscilação de preços do bitcoin ou a exposição direcional ao ativo”, afirmou Felipe Gonçalves, superintendente de Produtos de Juros e Moedas da B3. De acordo com o executivo, outra vantagem do produto é que sua negociação é na bolsa.
Os investidores do varejo precisarão depositar na corretora uma margem mínima de R$ 100 por contrato. Quem não zerar a posição até o fina do pregão, precisa de depositar o equivalente a 50% do valor do contrato. O depósito da margem serve para garantir que ambas as pontas da operação cumpram com a obrigação financeira.