Nesta quarta-feira, dia 10/7, Bradesco e Banco do Brasil (BB) anunciaram a data para oferta do fechamento do capital da sua controlada Cielo. As ações da processadora de transações de cartões vão a leilão em 14/8. A intenção da OPA (oferta pública de aquisição) havia sido manifestada pelos controladores em fevereiro. Após muitas idas e vindas, recebeu o sinal verde da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na sexta-feira, 5/7.
A OPA unificada é para as ações ordinárias (ON) em circulação de emissão da Cielo, e inclui a conversão de registro da categoria “A” para “B” , e a consequente saída do Novo Mercado da B3.
‘Simplificação e flexibilidade’
No edital, os controladores afirmam que a OPA tem como objetivo “a simplificação da estrutura corporativa e organizacional da Cielo, conferindo assim maior flexibilidade na sua gestão financeira e operacional.”
Serão 902.247.285 de ações, a R$ 5,60 cada. O preço baseia-se na variação acumulada da taxa média diária de juros de Certificados de Depósito Interbancário (CDI) a partir de 1/4, exclusive, até 16 de agosto de 2024 (data da liquidação do leilão).
No edital, os controladores afirmam, ainda, que o prêmio ofertado é de 47,2%, quando comparado à média das cotações nos 90 dias anteriores à oferta. E de 19,3% quando comparado à cotação do fechamento imediatamente anterior ao anúncio da intenção da OPA.
A saída do Novo Mercado, independentemente da conversão do registro, ocorrerá caso haja concordância dos acionistas titulares de, pelo menos, 1/3 das ações em circulação. Já a conversão de registro e, consequentemente, saída do Novo Mercado, depende da concordância dos acionistas titulares de mais de 2/3 das ações em circulação.
Em setembro de 2012, o Itaú fechou o capital da Redecard, principal concorrente da Cielo. Desde então conseguiu crescer mais e superar o market share da processadora.