Atualizado às 19h33 de 22/2
Cerc, Cora, Omie e Pismo. Segundo a Distrito, essas são atualmente as quatro fintechs entre dez startups com mais chances de virar unicórnio – Alura, Evino, Flash, Órigo Energia, Solfácil e PetLove completam a lista. A lista Corrida dos Unicórnios é divulgada anualmente pela consultoria. Atualmente, existem 23 startups que valem mais de US$ 1 bilhão no Brasil.
As fintechs também lideram a lista das Top 50: são 34% do grupo das que reúnem condições de chegar a essa marca porque estão em um mercado de alto potencial, possuem modelos de negócio claros e validados, já receberam um montante elevado de investimento e contam com potencial para crescer e obter novos aportes que elevem seu valuation até US$ 1 bilhão, ainda com capital fechado. Juntas, essas empresas receberam quase US$ 5 bilhões em investimento
Juntas, as dez startups receberam ao todo pouco mais de US$ 1,4 bilhão de investimentos em 38 rodadas. Em meio a uma queda nos investimentos em startups, o Distrito aponta que é pouco provável nascerem novos unicórnios no Brasil em 2023. O volume de investimentos caiu de US$ 9,8 bilhões em 2021 para US$ 4,46 bilhões em 2022. Com isso, no ano passado apenas duas empresas atingiram a marca de unicórnio, as fintechs Neon e Dock, enquanto que em 2021 foram 10.
“O momento é complexo para todas as empresas de tecnologia no mundo e, no Brasil, não é diferente. Além da restrição de capital, a seletividade dos investidores ficou radicalmente maior. Assim, ao longo deste ciclo de ajuste, a probabilidade de surgirem novos unicórnios é baixa. No entanto, continuamos acreditando que o empreendedorismo, tecnologia e inovação serão os principais pilares de desenvolvimento da economia e da sociedade brasileira e, portanto, em algum momento o fluxo de investimento irá retornar com força e os novos unicórnios voltarão a surgir. Importante ressaltar que ser um unicórnio é o reconhecimento por um trabalho incrível de criação de um novo negócio, e não uma meta de vaidade,” explica Gustavo Gierun, CEO e cofundador do Distrito.
Das 10 candidatas a unicórnio, oito foram fundadas a partir de 2013. Esse é um dado importante. No ano passado, o levantamento do Distrito apresentou o tempo médio que os unicórnios brasileiros levaram para atingir o status. Eles foram divididos em duas gerações principais. No caso da primeira geração, as startups demoraram em média 6,9 anos para se tornar unicórnio. Na segunda geração, o tempo médio foi de 7,7 anos.
No páreo
Omie
- Data do último funding: 03/08/2021
- Valor do último funding: US$ 110.000.000,00 (houve uma extensão deste round sem valor divulgado)
- Estágio atual: Série C
- Direcionamento de recursos: captação de clientes, ampliação de canais de distribuição, evoluções no produto e ofertas de mais serviços financeiros às PMEs.
- Principais Investidores: Astella, Softbank e Riverwood Capital
Cora
- Data do último funding: 19/08/2021
- Valor do último funding: US$ 116.000.000,00
- Estágio atual: Série B
- Direcionamento de recursos: concessão de crédito e otimização da operação por meio de novas contratações
- Principais Investidores: Ribbit Capital, Kaszek e Greenoaks
Cerc
- Data do último funding: 06/10/2022
- Valor do último funding: US$ 100.000.000,00
- Estágio atual: Série C
- Direcionamento de recursos: a CERC vai usar os recursos para se tornar um ‘one-stop shop’ de infraestrutura de mercado: além do que já faz (o registro de ativos), a CERC está pleiteando junto ao BC se tornar uma depositária e uma clearing – e eventualmente pretende se tornar um marketplace para duplicatas, recebíveis de cartão, recebíveis do agronegócio, títulos bancários e recebíveis imobiliários. A CERC também tem projetos embrionários para dados que ajudem seus clientes na concessão de crédito para empresas, bem como produtos baseados em blockchain (por exemplo, infraestrutura para tokenização de ativos).
- Principais Investidores: Parallax Ventures e Valor Capital Group
Pismo
- Data do último funding: 19/10/2021
- Valor do último funding: US$ 108.000.000,00
- Estágio atual: Série B
- Direcionamento de recursos: a empresa planeja expandir para além da América Latina, bem como “acelerar o desenvolvimento” de tecnologias para bancos, pagamentos e infraestrutura de mercados financeiros. A Pismo já tem clientes na Ásia e planeja abrir escritórios nos Estados Unidos (em Austin, Texas) e no Reino Unido (em Bristol).
- Principais Investidores: SoftBank, Accel e Amazon