A fintech Bullla, que atua com crédito e benefícios para funcionários de empresas, acaba de receber a autorização do Banco Central (BC) para operar como uma Sociedade de Crédito Direto (SCD). A aprovação saiu na edição desta quarta-feira (16/10) do Diário Oficial da União (DOU). A nova licença vem cerca de três semanas depois que a empresa obteve o aval do órgão para sua instituição de pagamento (IP).
De acordo com a publicação, a Bullla SCD começa com capital social de R$ 2,5 milhões. O controlador direto é a Bullla Instituição de Pagamento S.A. Já os controladores indiretos são os executivos Marcelo Balan e Flávio Silva de Guimarães Souto.
Assim como o plano de se tornar uma IP, a busca da licença de SCD já havia sido revelada por Daniel Bergman, vice-presidente da fintech, em entrevista ao Finsiders Brasil em junho deste ano. Conforme destacou o executivo na ocasião, a ambição da Bullla é ser a maior fintech de crédito para as classes C e D do País. Em cerca de quatro anos, a fintech emitiu mais de 1 milhão de cartões e concedeu R$ 1,5 bilhão em crédito.
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Fundada em 2019 por Marcelo Villela (ex-presidente da Losango), Marcelo Balan (ex-VP do Safra) e Vanda Barros (também ex-Losango), a Bullla atualmente é liderada por Daniel (ex-MovilePay e iZettle), João Matta (ex-Itaú e Visa) e Mauro Gomide (ex-Cielo).
A fintech iniciou o negócio com foco em empréstimos peer-to-peer (P2P). Tanto é que foi uma das primeiras Sociedades de Empréstimos entre Pessoas (SEPs) autorizadas a operar no Brasil pelo BC. Nos últimos anos, a Bullla tomou a decisão de ampliar o negócio com soluções financeiras para colaboradores de empresas.
Mercado
Nos últimos dias, o BC também autorizou o funcionamento de outras três SCDs, entre elas, uma controlada pelo Banco Safra. Atualmente, há 130 instituições com esse tipo de licença. O número vem crescendo nos últimos anos – passou de 98 em dezembro de 2022 para 116 ao final do ano passado.
