A Trio, empresa de infraestrutura de pagamentos, anunciou a compra da PayBrokers, de soluções de pagamentos para o mercado regulado de apostas e loterias no Brasil. A transação, de valor não revelado, depende de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e do Banco Central (BC).
Em nota, a Trio diz que a operação tem como objetivo consolidar ainda mais a presença de ambas as empresas no mercado de jogos e apostas online (iGaming). A marca PayBrokers continuará existindo, agora com foco exclusivo no mercado regulamentado de apostas e loterias no País.
“Com a aquisição da PayBrokers, damos um passo estratégico em direção ao futuro dos pagamentos no Brasil. Essa integração amplia nossas capacidades e nos permite oferecer soluções ainda mais eficientes e alinhadas às necessidades do mercado regulamentado de apostas”, disse Peterson F. dos Santos, CEO da Trio.
Para Edson Lenzi, CEO da PayBrokers, a aquisição representa uma grande conquista para o setor de iGaming brasileiro. “Juntos, com a expertise da Trio, vamos impulsionar a inovação e criar um ecossistema financeiro ainda mais eficiente e seguro para os operadores de apostas e loterias”.
Contexto
Fundada em 2021 como um spin-off da desenvolvedora de software ateliware, a Trio tem como foco tecnologia e infraestrutura para processar altos volumes de Pix para empresas. Em sua página no LinkedIn, a empresa também se define como “Pix das bets“. Em janeiro de 2024, a Trio recebeu autorização do BC para operar como Instituição de Pagamento (IP). Atualmente, é também participante direto do Pix.
A PayBrokers nasceu em 2020 e oferece soluções de pagamentos, compliance e infraestrutura para o setor de jogos e apostas. Também no ano passado, obteve o sinal verde do BC para atuar como uma IP.
Em setembro de 2024, a PayBrokers foi alvo de uma operação deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco, por suposta participação em esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais, como o jogo do bicho. Na ação, foram expedidos 19 mandados de prisão, entre eles, o da influenciadora digital Deolane Bezerra. Ela foi solta no mesmo mês.
Na ocasião, a PayBrokers disse colaborar com as autoridades e que “disponibilizou espontaneamente todos os documentos e informações solicitadas dos clientes alvo da operação”. Na nota, publicada pela reportagem do portal G1, a empresa afirmou ainda que opera como IP e eFX autorizada pelo BC. “Opera 100% em conformidade total com as melhores práticas do mercado, com soluções para centenas de clientes, sempre prezando pela segurança e integridade”, escreveu.