Trio obtém licença de IP e prevê ser participante direto no Pix

A empresa fundada em Curitiba poderá operar como emissora de moeda eletrônica e iniciador de transação de pagamento (ITP)

A Trio, empresa curitibana de infraestrutura de pagamentos, acaba de receber aprovação do Banco Central (BC) para se tornar uma instituição de pagamento (IP). Com o aval, a empresa poderá operar como emissora de moeda eletrônica (que permite gerenciar contas pré-pagas) e iniciador de transação de pagamento (ITP). 

Na prática, com a autorização, a Trio passará a se integrar diretamente aos sistemas do BC, como o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e ao Sistema de Transferência de Reservas (STR). Além disso, a empresa iniciará nos próximos meses o processo de homologação para atuar como participante direto no Pix, revela Peterson Ferreira dos Santos, CEO e cofundador da Trio, ao Finsiders.

Além de consumir a infraestrutura própria, a Trio está preparando para o segundo semestre oferecer o serviço para empresas que queiram participar do arranjo como participantes indiretos, diz o CEO. “Apesar de não ser necessariamente novidade, o serviço do Pix tem apenas 3 anos e ainda pode ser amplamente aprimorado.”

Expectativa alta

Fundada em 2021 como um spin-off da desenvolvedora de software ateliware, a Trio é uma facilitadora de pagamentos, com foco em transações em tempo real. A empresa oferece uma camada de gestão sobre infraestrutura bancária. Assim, habilita operações em lote, pagamento via Open Finance, cobranças recorrentes e cross-border (Fiat e cripto). 

Atualmente, a Trio movimenta mais de R$ 2 bilhões em mais de 30 milhões de transações e crescimento médio de 30% mês contra mês, cita o CEO. “Temos um potencial tecnológico para aumentar nossa margem de lucro em até 6x quando estivermos em operação plena”, afirma.

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