ECOSSISTEMA

Em oito anos, LIFT acelerou 78 projetos e atraiu investimentos de R$ 400 milhões

Os dados foram apresentados durante o LIFT Day 2025, em Brasília, e reforçam o protagonismo da instituição na promoção de inovação aplicada ao sistema financeiro

Sobre o Apoio

Gabriel Galípolo, presidente do BC, durante abertura do Lift Day 2025 | Imagem: print de tela
Gabriel Galípolo, presidente do BC, durante abertura do Lift Day 2025 | Imagem: print de tela

O Banco Central anunciou nesta terça-feira (30/4) que, em oito anos de existência, o Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT) já acelerou 78 projetos, dos quais 37% atraíram investimentos do setor privado, somando mais de R$ 400 milhões. Os dados surgiram durante o LIFT Day 2025, em Brasília, e reforçam o protagonismo da instituição na promoção de inovação do sistema financeiro.

“O LIFT se firmou como uma das fontes mais relevantes de inovação no Sistema Financeiro Nacional”. A afirmação é do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, na abertura do evento. “Temos um ecossistema que une talentos, ideias e tecnologias que já foi recebeu prêmios internacionais por sua capacidade de antecipar tendências e conectar experimentação com impacto real.”

A avaliação é compartilhada pelo diretor de Administração do BC, Rodrigo Alves Teixeira, que apresentou o balanço das iniciativas e detalhou a evolução do programa. Segundo ele, o LIFT atua como plataforma de aceleração, conectando desenvolvedores, acadêmicos, reguladores e investidores. “Inovar não é apenas criar o novo, mas transformar ideias em soluções que impactam positivamente a vida das pessoas”, disse.

Algumas dessas soluções já fazem parte da rotina dos brasileiros. Entre elas, funcionalidades de segurança e experiência de usuário no Pix, que se beneficiaram de tecnologias incubadas no LIFT desde a fase piloto. “Hoje temos mais de 158 milhões de chaves cadastradas. Essa infraestrutura nasceu do nosso compromisso com a inovação aplicada à inclusão financeira”, destacou Teixeira.

LIFT Data

Além do LIFT Lab, voltado à aceleração de ideias emergentes, o ecossistema inclui o LIFT Learning, que aproxima universidades das demandas do setor financeiro; o LIFT Challenge, que trabalha com soluções tecnológicas mais maduras — como as testadas no projeto do Drex, a moeda digital do Banco Central; e plataformas de disseminação de conhecimento como o LIFT Talks e o LIFT Papers, que já publicou mais de 100 artigos técnicos.

Neste ano, o programa ganhou uma nova frente: o LIFT Data, voltado à criação de soluções tecnológicas baseadas no uso de dados públicos. A primeira edição do novo braço foca em sustentabilidade e financiamento verde, e está alinhada às metas climáticas que o Brasil apresentará na COP30, em novembro, em Belém.

“Queremos contribuir diretamente para o cumprimento dos compromissos climáticos do país, especialmente por meio da mobilização de capital privado”, explicou Teixeira. As propostas deverão se concentrar em quatro eixos principais: redução de emissões de carbono, adaptação às mudanças climáticas, preservação da biodiversidade e crédito rural sustentável.

Os projetos selecionados passarão por um processo de incubação de seis meses, com mentorias em dados, negócios e sustentabilidade. Ao final do ciclo, serão apresentados a investidores e instituições parceiras.