
O PicPay triplicou seu lucro líquido no primeiro semestre de 2025, passando de R$ 61,8 milhões para R$ 208,4 milhões na comparação anual. Até junho deste ano, o app chegou a 64 milhões de contas, o que representa um crescimento anual de 13%. Isso classifica o PicPay como segundo maior banco digital do Brasil e sétimo maior banco em número de clientes, segundo dados do Banco Central (BC). Em fevereiro, a companhia foi eleita por voto popular o melhor banco digital do País no Prêmio iBest.
Os usuários ativos chegaram a 41,3 milhões no segundo trimestre de 2025, alta de 14% em base anual. No mesmo período, 32% desses clientes usaram o PicPay como seu principal banco. A receita média por usuário ativo (ARPAC, na sigla em inglês) foi impulsionada a R$ 60,50, avanço de 76% na comparação com 2024. Já o custo de servir foi de R$ 19 no segundo trimestre, praticamente estável em relação ao trimestre imediatamente anterior. E se mantém como o menor do mercado.
“Mais uma vez mostramos nossa capacidade de crescer com rentabilidade e eficiência. Ampliamos o resultado, o engajamento dos clientes e, ao mesmo tempo, trabalhamos na expansão de novas avenidas de crescimento para consolidar o PicPay como principal banco de milhões de brasileirosˮ, afirma Eduardo Chedid, CEO da empresa.
“Os números reforçam que estamos no caminho certo para gerar valor sustentável. Um dos exemplos disso é que a nossa receita por cliente ativo é mais de 3 vezes o custo de servir. Com essa base cada vez mais engajada e uma estratégia de cross-sell consolidada, temos alavancas sólidas para manter uma trajetória positiva nos próximos trimestresˮ, avalia André Cazotto, diretor de Relações com Investidores (RI), M&A e Estratégia da companhia.
Resultados
A receita do período chegou a R$ 4,5 bilhões, um aumento de 91% em relação ao mesmo semestre do ano passado. Tanto o lucro quanto a receita representaram cerca de 80% do resultado total de 2024. Naquele ano, o banco digital registrou lucro líquido de R$ 252 milhões e receita de R$ 5,6 bilhões.
A companhia apresentou retorno sobre patrimônio (ROE) anualizado de 20,3% no segundo trimestre. O lucro bruto atingiu R$ 1,6 bilhão no semestre, alta de 25% em relação a igual período do ano anterior. Já a margem financeira líquida dos serviços financeiros, que envolve operações de empréstimos e cartão, chegou a R$ 1,5 bilhão no semestre. Foi um avanço de 184% na mesma base.
Segundo Rodrigo Couto, vice-presidente executivo de Finanças, Risco e Administração do PicPay, os números demonstram a consistência da estratégia da companhia. “Conseguimos acelerar o crescimento ao mesmo tempo em que promovemos uma redução de mais de 20 pontos percentuais no nosso índice de eficiência, que hoje se encontra em 56%. Esse movimento abre espaço para ampliar ainda mais a rentabilidade, enquanto mantemos um ROE de 20%ˮ, destaca.
Avanço em serviços financeiros…
A originação de empréstimos chegou a R$ 4,7 bilhões no semestre, crescimento de 60%. A carteira de crédito — composta por empréstimo pessoal, cartão, consignado e antecipação do FGTS — somava R$ 16 bilhões no fim de junho, salto de quase três vezes comparado ao mesmo período do ano anterior.
No período, 45% da carteira total era composta por produtos com garantia, como antecipação do FGTS, consignado e o novo “Crédito do Trabalhador” — um dos maiores responsáveis pela originação do segundo trimestre, alcançando um valor superior a R$ 1,5 bilhão. A aposta no produto consolidou o PicPay como a sexta maior instituição financeira e o maior banco digital do Brasil a oferecer essa linha de crédito.
As linhas de crédito sem garantia, que têm como destaque o empréstimo pessoal e cartão de crédito, representam 55% da carteira, somando R$ 8,8 bilhões ao fim de junho, salto de quase três vezes na comparação com 2024. A companhia tem mantido a inadimplência controlada a níveis de mercado e sem indicativo de deterioração em novas safras. O índice de provisão da carteira estava em 284% ao fim de junho.
Já o volume total transacionado no cartão chegou a R$ 25,9 bilhões no semestre, alta de 54%. No período, a companhia emitiu mais de 5 milhões de cartões. Enquanto isso, a operação de seguros terminou os primeiros seis meses do ano com 7 milhões de apólices ativas, mais de duas vezes maior do que se comparado a junho do ano passado.
… e na wallet
Na carteira digital, que deu origem ao PicPay e se mantém como uma das fortalezas do negócio, o volume total transacionado foi de R$ 227,9 bilhões nos seis meses até junho, 33% maior na comparação anual. O cash-in — valor que os usuários trazem para o PicPay e que indica o uso crescente do aplicativo como conta principal — totalizou R$ 219,4 bilhões no semestre, crescimento de 31% ante o primeiro semestre do ano anterior. Somente em junho, os usuários trouxeram R$ 39 bilhões para o ecossistema.
A companhia segue como um dos maiores players do Pix no Brasil, com uma cobertura de mercado de 11% — seja o app a conta remetente ou destinatária da transação. Ao fim do semestre, o PicPay alcançou 21 milhões de Cofrinhos criados, sendo 30% apenas entre janeiro e junho. O valor guardado chegou a R$ 7 bilhões, um crescimento de 65% em relação ao ano anterior. No Open Finance, a companhia ultrapassou a marca de 11,5 milhões de consentimentos ativos.
Expansão no portfólio PJ
Além do crescimento das frentes de carteira digital e serviços financeiros, o PicPay tem avançado em sua estratégia para conquistar o público PJ. Na adquirência, o volume transacionado saltou 52% no segundo trimestre, para R$ 14 bilhões.
A companhia tem levado seus diferenciais, que a consolidaram entre o público PF, também para os empreendedores, como a possibilidade de conectar a conta empresarial no mesmo app em que gerenciam sua conta PF do PicPay e de outros bancos, em uma experiência inédita no mercado e que facilita o dia a dia de quem tem um negócio. Outro exemplo é o Assistente de Pagamentos, que consolida boletos PF e PJ no mesmo lugar e permite pagar de forma simplificada.