A pesquisa Fiserv Insights: Meios de Pagamento das PMEs, encomendada pela techfin de pagamentos global para o Sebrae-SP, descobriu que 49% das pequenas e microempresas paulistas não sabe o que é Open Finance.
Cerca de 20% têm conhecimento superficial, enquanto 19% não querer compartilhar seus dados bancários. Apenas 13% informaram seus dados bancários, indicando baixa adoção. O desconhecimento da tecnologia “tap to phone”- que transforma o celular em maquininha de cartão – é ainda pior: 58% não tem ideia do que é isso. A aceitação de wallets também é baixa ainda, pelo mesmo motivo: desconhecimento.
Um alto porcentual de empreendedores não conhecem ou nunca ouviram falar de algumas das carteiras, como “Pernambucanas” (74,3%) e “Bitz” (82,1%), contrastando com a presença considerável de “Mercado Pago” (16,3%) e “PagBank” (15,9%) entre os que utilizam.
No total, participaram do estudo 1.308 empreendedores paulistas, sendo 69% microempresas (MEs) e 31% empresas de pequeno porte (EPPs), com faturamento médio de R$ 24.902 por mês. Os resultados indicam que 41% dos entrevistados que utilizam maquininhas estão localizados em áreas do interior, enquanto 34% operam na capital. O uso de maquininhas prevalece nos setores de comércio (63%) e serviços (32%).
Maquininhas e recebíveis
Cartões de crédito (98%) e débito (96%) ainda são os meios de pagamento mais aceitos, mas o Pix já é aceito em 66% dos entrevistados, no formato de QR Code estático (quando o varejista exibe uma chave ou QR code para pagamento) e por 51% deles por meio de QR Codes gerados diretamente na maquininha (QR Code dinâmico). Apenas 20% dos pagamentos com Pix são realizados por meio das maquininhas.
A maioria dos empreendedores (61%) escolhem fazer a antecipação dos recebíveis das vendas feitas por maquininhas de cartão. Destes, 44% escolhem a opção de antecipação automática, enquanto 17% preferem solicitá-la eventualmente. A opção de pagamento oferecida diretamente pela maquininha é escolhida por 47% dos respondentes, com 20% deles disponibilizando essa opção de forma constante.
O movimento médio mensal das vendas realizadas através das maquininhas fica entre R$ 10 mil e R$ 20 mil para 20% dos entrevistados.
Para Frederico Souza, vice-presidente de Precificação, Planejamento e Alianças do Brasil na Fiserv, entender as necessidades e os perfis dos empreendedores é essencial para apoiar a digitalização dos PMEs. “Ter uma oferta de valor para a adquirência que vai além das tradicionais maquininhas, com opções de links de pagamento, antecipação de agenda de maneira facilitada com o autoatendimento e pensar em soluções para o e-commerce são maneiras que a Fiserv tem para oferecer soluções em sintonia para as 9 milhões de micro e pequenas empresas no País que representam 27% do PIB”.
Dinheiro em espécie aparece por último na lista, sendo aceito por apenas 3% dos entrevistados em todo o Estado, atrás das transferências bancárias (47%), boletos (32%) e vouchers (9%).
A Fiserv opera mais de 750 mil terminais sob as marcas Bin e azulzinha (CAIXA) no Brasil, além de suas alianças com Sicredi, Sicoob e Afinz.