A fintech Ume decidiu trilhar um caminho desbravado ainda por poucos concorrentes no Brasil: ajudar negativados a conseguir crédito. O segredo, como deve ser em se tratando de uma fintec, é a tecnologia – no caso da Ume, a ferramenta escolhida é uma rede neural proprietária que cruza dados, dando ênfase ao comportamento do cidadão. Segundo a fintech, é possível fazer a análise de crédito do candidato em três minutos.
A fintech atua no modelo B2B2C. Seu público alvo final são os clientes dos varejistas. Entre 25% e 30% deles são negativados. Mesmo assim, a taxa de aprovacão é de 37%, o tícket médio, de R$ 170. Para este ano, a expectativa é conceder R$ 80 milhões em crédito.
“Os clientes não precisam de um cartão para fazer compras em redes parceiras, basta ter um celular em mãos; podem comprar em todos varejistas parceiros da Ume e fazer o acompanhamento online das informações de faturas, compras e crédito”, diz Berthier Ribeiro, CEO da fintech. Para o varejista, a Ume também traz benefícios, como o aumento do ticket médio, recorrência e um software para o controle de toda a operação de crédito. O resultado é a geração de mais vendas para os parceiros.
Modelo de negócio e investimentos
A Ume é uma startup que nasceu no Vale do Silício, com investimentos de oito anjos que atuam em três áreas distintas.
Do segmento Tecnologia e Produto, Ribeiro Neto (diretor de tecnologia do Google na América Latina), Victor Ribeiro (ex diretor de produto do Google e sócio da Gympass) e Edleno Moura (fundou e vendeu três startups e é professor na UFAM).
Já na área de Financiamento e Negócios, Flávio Sznajder (fundador na Bogari Capital), José Ricardo Brum (ex Brasil Insurance e sócio da Gulf Capital Partners) e Gustavo Ahrends (sócio fundador da Sow Capital e da gestora VC Norte Ventures).
Em Empréstimo de Crédito, a startup conta com os anjos Denis Minev (CEO da Bemol) e Dorival Dourado (ex CIO do Serasa e fundador da Boa Vista Serviços).