A Juno, plataforma dos Estados Unidos que funciona como uma banco digital cripto-nativo, anunciou nesta terça-feira, 25/6, sua chegada ao Brasil. Aqui, vai operar com o nome Velo, porque Juno foi a fintech que o Ebanx comprou em 2021 e depois colocou à venda.
A Velo vai oferecer para os brasileiros conta em dólares e um número identificador de banco (routing number, em inglês), portanto com o uso da stablecoin USDC, concorrendo com serviços similares de fintechs como Wise, Nomad, C6 Bank e PayPal.
No Brasil, terá como parceiros a Caliza e operará com BTG Pactual e Genial. Sua meta é bastante ambiciosa para um mecado em que já há concorrentes bastante conhecidos: quer ter 500 mil clientes em até 12 meses, disse ao Blocknews o cofundador e CEO, Varun Deshpande, em conversa exclusiva há alguns dias. A equipe planeja investir de US$ 3 milhões a US$ 5 milhões no país em dois anos.
O anúncio acontece em meio os impactos em sua operação da falência da Synapse, sua provedora de serviços bancários. A startup usava os serviços da Synapse, uma empresa “middleware”, ou seja, que provia serviços que permitiam à Juno oferecer serviços bancários.
Cerca de 100 startups foram afetadas pela falência, anunciada no mês passado. Por conta disso, tem agora a Jiko como provedora. Ontem, a fintech informou que ainda há recursos da Juno e de clientes presos na Synapse. A empresa ainda não atualizou o site Blocknews sobre os impactos da Synapse na operação brasileira.
A Juno foi fundada em 2019 por um grupo de empreendedores indianos, mas com foco nos EUA, onde tem 400 mil clientes. Levantou até agora cerca de US$ 21 milhões, segundo o Tracknx, Entre os investidores estão o Sequoia Surge e a Polychain.