Depois da Monkey Exchange, Kinea Ventures prevê novos aportes este ano

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O primeiro cheque do Kinea Ventures foi para a Monkey Exchange, e novos investimentos estão por vir este ano, principalmente em fintechs. Com capital comprometido de R$ 150 milhões, o fundo de venture capital da Kinea, gestora do Itaú Unibanco, prevê aporte em cinco a sete empresas ao longo dos próximos dois a três anos, diz Philippe Schlumpf, head de Venture Capital da Kinea.

O mandato do fundo é investir em negócios que tenham afinidade com o ecossistema do Itaú. Daí a preferência por fintechs, em verticais como pagamentos, mercado de capitais, insurtechs, além de empresas que consigam endereçar a tese de “embedded fintech“.

O portfólio também terá enablers de tecnologia, com soluções em big data e analytics, inteligência artificial, produtividade e automação. Serão alvo, ainda, HRTechs, lawtechs, healthtechs, com tecnologias que possam contribuir de algum jeito com o setor financeiro. “Nesse primeiro momento, estamos olhando principalmente empresas no Brasil”, diz Schlumpf.

A Kinea está de olho em startups que já estejam caminhando para a Série A e passaram por alguns ciclos, como MVP e comprovação do product market fit. “Buscamos de fato contribuir com a agenda de novos negócios. Estamos falando sempre de mercados e dores bastante grandes, e startups com bons times.”

Alguma vertical específica de fintech? Um pouco de tudo, diz ele.

“No mundo das fintechs, temos olhado praticamente de tudo. Como nascemos recentemente, acabamos tendo mandato de mapear as principais teses e o que tem acontecido no mercado como um todo.”

Com cheques que podem variar de R$ 10 milhões a R$ 50 milhões, o Kinea Ventures pode liderar, ser colíder ou mesmo acompanhar as rodadas de captação. Isso não significa dizer que o valor dos aportes está carimbado. “Podemos ter exceções”, afirma Schlumpf. Na prática, o fundo está em busca de bons cases e boas oportunidades de mercado.

Alguns deles que serão anunciados ao longo de 2021. “Temos muitas opotunidades, não só no mundo das fintechs, mas como extensão da cadeia de valor do banco”, aponta Schlumpf.

O momento não poderia ser melhor para colocar na rua um fundo de corporate venture capital, dada a liquidez do mercado e o apetite dos investidores. A evolução da indústria de VC no Brasil, que pela primeira vez superou o volume do Private Equity, tem a ver com mais alocadores de patrimônio e family offices apostando parte do portfólio nessa classe de ativos.

Do lado das fintechs, a agenda regulatória capitaneada por Banco Central (BC), Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e Superintendência de Seguros Privados (Susep) contribui para o arranque ainda maior do setor.

“Isso acaba gerando muito espaço para fintechs. Insurtech é um segmento que temos olhando também.”

Por outro lado, Schlumpf admite que os valuations de fintechs ainda estão esticados. “Existem muitos cases em startups que sofreram ao longo da pandemia, mas alguns modelos de negócios decolaram, e a expectativa acaba ficando mais alta.”

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Danylo Martins é jornalista com dez anos de cobertura de finanças, empreendedorismo e inovação no setor financeiro. Com MBA em mercado de capitais, é vencedor de quatro prêmios de jornalismo econômico e colabora com o jornal Valor Econômico há oito anos. Teve passagens por Folha de S.Paulo e revista Você S/A.

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