Marcello Gonçalves, sócio da Domo Invest

Com sócios que participaram de mais de 50 operações de investimentos nos últimos dez anos, a Domo Invest fez o primeiro fechamento de R$ 50 milhões do seu fundo Domo Enterprise, cuja previsão é captar R$ 150 milhões no total — o segundo closing deve ser feito ainda este semestre, diz Marcello Gonçalves, sócio da Domo Invest, em entrevista à Finsiders.

“Procuramos soluções que sejam transversais em todos os segmentos, incluindo logística, finanças, varejo e agronegócio.”

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Segundo o investidor, é mais raro encontrar boas fintechs cujos produtos ou serviços sejam B2B, com foco em grandes empresas. De fato. Muitas startups no setor começaram explorando as ineficiências dos bancos em atender a pessoa física. Nos últimos anos, dezenas de negócios passaram a olhar com mais atenção para as necessidades de PMEs.

Marcello Gonçalves, sócio da Domo Invest (Crédito: Divulgação)
Marcello Gonçalves, sócio da Domo Invest (Crédito: Divulgação)

Lançado em 2017, o primeiro fundo, Domo Ventures, é o que concentra o maior número de fintechs do portfólio da gestora, diz Gonçalves. Neste ano, foram feitos três novos aportes.

Em janeiro, a Grão (antiga Diin) captou uma rodada (valor não revelado) liderada pela Astella Investimentos, com participação da Domo Invest e da Vox Capital. Fundada em 2018 por Monica Saccarelli e Frederico Meinberg, ex-sócios da corretora Rico, a startup já levantou R$ 7,5 milhões em aportes.

Em fevereiro, a Domo investiu R$ 3 milhões na Bloxs, plataforma de investimentos alternativos. No mês passado, a Meu Tudo, de empréstimo consignado, recebeu um aporte de R$ 12 milhões, montante que considera recursos da Domo e capital dos próprios sócios. Com o dinheiro, a startup prevê crescer oito vezes neste ano. Leia mais sobre o negócio e o deal aqui.

A Domo também é gestora do fundo de investimento-anjo do BNDES, em operação desde 2019 e com gestão feita por Mario Letelier. A tese é investir em startups na fase anjo ou seed em setores de economia criativa, agronegócio, saúde, biotecnologia, TI, fintechs, cidades inteligentes e mobilidade urbana.

Com aportes entre R$ 100 mil e R$ 500 mil, o fundo aportará sempre como co-investidor junto com algum anjo que invista uma quantia equivalente. A intenção é fazer cerca de 40 investimentos por ano.