ESTABILIDADE FINANCEIRA

Risco fiscal e inadimplência preocupam bancos, mostra pesquisa

Dados são da última edição da Pesquisa de Estabilidade Financeira (PEF) do Banco Central (BC), realizada de 13/1 a 5/2/2025

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Risco fiscal e inadimplência estão entre as principais preocupações do mercado financeiro. A conclusão é da última edição da Pesquisa de Estabilidade Financeira (PEF) do Banco Central (BC), realizada de 13/1 a 5/2/2025. No entanto, o índice de confiança de estabilidade do Sistema Financeiro Nacional (SFN) segue elevado.

O índice de confiança pondera as respostas de acordo com os seguintes pesos (multiplicados por 100): confiança completa (1); muita confiança (0,75); razoável confiança (0,5); pouca confiança (0,25); e sem confiança (0).

Os riscos fiscais, que já eram preponderantes na pesquisa anterior, ganharam ainda maior relevância, com o aumento do impacto médio esperado, cuja magnitude é superior ao dos outros riscos, e mais da metade dos respondentes descrevendo-o como o risco mais importante, com destaque para preocupações com a sustentabilidade da dívida pública;

Os riscos do cenário internacional estão associados principalmente à política econômica nos Estados Unidos e a conflitos geopolíticos, embora com diminuição do número de citações como risco mais importante.

Já a preocupação com riscos de inadimplência e atividade também aumentou, com elevação do impacto esperado médio.

Ciclos e riscos

Em relação aos ciclos econômico e financeiro, as instituições ouvidas mostraram piora na percepção sobre o ciclo econômico, com preponderância de avaliação de economia em contração; e em geral, piora na percepção sobre os ciclos financeiros, com menor disposição para tomar riscos e piora na avaliação sobre preços de ativos e acesso a funding e meios de liquidez, acompanhado de aumento na percepção de tendência de queda do hiato de crédito/PIB.

O levantamento é feito trimestralmente pelo BC junto a instituições do SFN. A pesquisa tem como objetivo captar a percepção das Instituições Financeiras (IFs) sobre a estabilidade do SFN em várias dimensões, como riscos prospectivos, confiança na estabilidade e avaliação sobre os ciclos econômico e financeiro. As entidades pesquisadas englobam bancos, cooperativas, Instituições de Pagamento (IPs), gestoras de recursos, seguradoras e entidades fechadas de previdência complementar.