A Junior Achievement Brasil (JA) anuncia a chegada de Alexandre Mutran. Ele assume a diretoria executiva com a missão de ampliar e consolidar a rede de capacitação de jovens no país.
Advogado, com mestrado em Comunicação e pós-graduação em E-business, Mutran já foi Gerente de Comunicação Regional na Globo e de Marketing no Grupo Estado. Liderou, ainda, o atendimento de agências como Tudo, África, Dentsu, MPM e Eugenio, trabalhando com clientes como Itaú, Dell, Sony, Disney e Editora Abril.
Um dos pioneiros em trabalhos com internet no Brasil, Mutran elaborou projetos de tecnologia aplicada à educação nos anos 90, desenvolvendo sites e ministrando cursos e palestras, por exemplo.
Dessa forma, a experiência de Mutran com a educação reforça o compromisso da JA Brasil com a formação de jovens e adolescentes. Criada nos EUA em 1919 e presente no Brasil há 40 anos, a rede prepara as novas gerações para o mercado de trabalho.
Abaixo, trecho da entrevista de Mutran a Finsiders Brasil:
Qual é o principal desafio da Junior Achievement (JA) no Brasil hoje e o seu papel nisso?
No ano passado, por exemplo, oferecemos quase 800 mil experiências de aprendizagem em toda a nossa área de atuação, que inclui 20 estados e o Distrito Federal. Ações que contaram com mais de 5 mil voluntários de empresas de diversos setores, que dedicaram tempo para ir às salas de aula para ensinar e trocar conhecimentos com esses alunos. São resultados relevantes, que têm potencial para mudar vidas. Acontece que a entrega da JA no Brasil é maior que o tamanho da marca. E isso é algo que precisamos equilibrar, pois vai nos ajudar a atrair mais marcas apoiadoras, tanto pela importância da educação dos jovens, quanto pelas ações de voluntariado corporativo, dois temas que estão na lista de prioridades da agenda ESG das empresas.
Como os programas da JA no Brasil impactam os jovens e adolescentes?
O propósito da JA é o de despertar o espírito empreendedor nos jovens, colaborando assim com a transformação da sociedade brasileira. Queremos que eles entendam que, com as ferramentas certas —principalmente as habilidades e os conhecimentos sobre economia e finanças, mercado de trabalho, ambiente empresarial— estarão mais prontos para desenvolver sua trajetória profissional, mesmo que não seja abrindo um negócio próprio. Esse é o principal apelo de nossos programas que, aliados ao alcance e capilaridade de nossa rede, faz com que os jovens compreendam o potencial que têm.
Passados cerca de 30 anos de suas primeiras experiências com internet e educação, quais são os principais desafios hoje?
Há muitas semelhanças entre esses dois períodos, no sentido de que as tecnologias são outras, mas muitos dos desafios se parecem. Lá atrás, além do desafio do custo da tecnologia, os professores temiam a substituição pela informática. Em contrapartida, eram rapidamente adotados (e requisitados) pelos alunos. Atualmente, a tecnologia é outra e sua disseminação vem sendo mais rápida, mesmo sem debates adequados. Um exemplo é em relação às Inteligências Artificiais, que ocuparam rapidamente todos os aspectos das nossas vidas, incluindo o ambiente escolar. O desafio, agora, é como preparar os professores para utilizá-las e para que ensinem os alunos para que as utilizem da melhor maneira possível.
*Jornalista, sócio e CEO da Ovo Comunicação.
OvoCom
Agência de comunicação estratégica e multiplataforma com foco no atendimento de empresas privadas.
