MÍDIA

PicPay terá anúncios integrados à jornada do cliente no app

Com nova unidade de negócio, companhia mira segmento que movimentou US$ 8 bi em 2023 e deve crescer 60% em quatro anos

Felipe Julião/PicPay- Imagem: divulgação
Felipe Julião/PicPay- Imagem: divulgação

Depois de abandonar o posto de patrocinador master do Big Brother Brasil (BBB) no ano passado – vaga que ficou com a concorrente Stone – o PicPay decidiu entrar no mercado de publicidade por outra porta. A fintech do grupo J&F anunciou nesta terça-feira, 26/3, que passará vender espaços para exibir anúncios no seu aplicativo.

O mercado de mídia movimentou R$ 8 bilhões em 2023 – dos quais mais de 80% investidos em celular. Em nota, o PIcPay diz ser “a primeira na América Latina a integrar anúncios à jornada de um aplicativo de serviços financeiros“. A nova unidade de negócio, em teste desde setembro, já conta com mais de 20 clientes. A expectativa para 2024 é multiplicar por 10 vezes a receita obtida em 2023.

O PicPay afirma ter mais de 36 milhões de clientes ativos. Até 2027, a expectativa é de que esse ramo cresça 60%, segundo a empresa de pesquisa de mercado Insider Intelligence | eMarketer.

Projeto antigo

Entrar em “ads” já estava nos planos do PicPay desde 2021. No prospecto do IPO (abertura de capital) que pretendia fazer na Nasdaq, a fintech já dizia que esta era uma das suas quatro frentes de negócio. Além, é claro, da carteira digital, marketplace financeiro e a “store”, como ressaltou na época o portal Brazil Journal.

“A inclusão de Ads às plataformas já é uma realidade em diversos mercados, em especial o varejo, e nós acreditamos que o setor financeiro vai passar por um processo similar”. A opinião é de Felipe Julião, executivo de Ads do PicPay. “Faz sentido nos posicionar como pioneiros e incluir anúncios também na jornada do app”, afirma.

Para convencer os anunciantes, o PicPay afirma que está presente em diversas rotinas diárias do usuário, que realizam mais de 3 bilhões de interações por mês; tem alcance de 99% do território nacional e presença nos celulares de 1 em cada 4 brasileiros.

“Isso nos confere alta capacidade de segmentação, e nos permite elaborar campanhas para todas as etapas do funil, de acordo com o objetivo do anunciante. É um novo momento do mercado, que precisa se preparar para o fim dos cookies [que coletam dados dos usuários em navegadores]”, diz Felipe.