O Agibank, banco digital com foco no público de baixa renda, recebeu um aporte de R$ 400 milhões. O cheque veio do recém-criado fundo de Private Equity de Daniel Goldberg, da gestora Lumina Capital. A operação avaliou a instituição em R$ 9,3 bilhões. O novo investidor passa a ter um assento no Conselho de Administração do Agibank e, assim, deixa o board do Nubank, onde estava desde maio de 2021.
Recentemente, o Agibank conduziu um processo de private placement para reforçar sua base de investidores estratégicos, que tem a Vinci Compass desde 2020. De acordo com o banco, o resultado foi uma demanda de mais de R$ 1,6 bilhão, atraindo fundos de investimento estrangeiros e locais, soberanos e fundos de pensão. “No entanto, assim como na entrada da Vinci, a estratégia sempre esteve voltada para investidores com perfil ativo, e não o tamanho do cheque”, diz o texto.
Conforme o Agibank, Goldberg foi considerado o parceiro ideal para impulsionar a próxima fase de crescimento e acesso ao mercado, graças ao seu extenso conhecimento em crédito e tecnologia. “Agora, vamos aplicar esse capital em oportunidades de consolidação e continuar avançando fortemente com nosso modelo de negócio híbrido único no Brasil”, disse Marciano Testa, fundador e presidente executivo do Conselho do Agibank.
‘Omnichannel’
O banco digital tem forte geração de caixa, alta rentabilidade e capacidade de financiar seu próprio crescimento. No terceiro trimestre de 2024, o retorno sobre o patrimônio líquido (ROAE) foi de 46,4%. Já o lucro líquido no acumulado do ano é de R$ 646,6 millhões. “Esse desempenho, aliado a uma ampla adoção de tecnologias avançadas e potencial de expansão, foi fundamental para atrair o investimento de Goldberg”, disse o Agibank.
Atualmente com mais de 1 mil lojas para atender o público não-nativo digital, o Agibank tem buscado atuar de maneira omnichannel. Ou seja, combina canais de atendimento como aplicativo e internet banking com as unidades físicas, chamadas pela instituição de smart hubs. Hoje, o banco reúne aproximadamente 3 milhões de clientes ativos.
Goldman Sachs e Pinheiro Neto Advogados assessoraram o Agibank. Já Morgan Stanley e Barbosa, Müssnich, Aragão fizeram a assessoria para a Lumina Capital Management.