APORTE

Plano levanta R$ 2,2 milhões para levar educação financeira a pessoas e empresas

Aporte marca a primeira fase da rodada seed da fintech, cuja expectativa é somar R$ 4 milhões até o fim do ano

A Plano, fintech brasileira criada para mudar a realidade da educação financeira no país, recebeu um aporte de R$ 2,2 milhões. Anunciado com exclusividade ao site parceiro Startups, o investimento marca a primeira fase da rodada seed da companhia. A expectativa é somar R$ 4 milhões até o fim do ano.

A rodada contou com a participação dos grupos Anjos Do Brasil, Poli Angels, FEA Angels e dos fundos BossaInvest, Sai do Papel, Quintal Ventures, Levain Ventures e Westwood Capital. Os recursos captados serão utilizados para aumentar a tração e volumetria de usuários no canal B2B2C e aprimorar a solução para ampliar o engajamento e impacto dos clientes.

Criada há quatro anos, a Plano nasceu para ajudar pessoas a melhorarem sua relação com o dinheiro por meio da educação financeira. Para isso, a fintech oferece uma plataforma que usa inteligência artificial para identificar o perfil do usuário, assim como suas necessidades para conseguir organizar as finanças pessoais. O sistema faz um diagnóstico de saúde financeira e oferece um plano de ação personalizado com tarefas para alcançar os objetivos. Caso desejem, os clientes ainda podem receber atendimento humano com encontros regulares com um especialista em organizar e controlar o dinheiro, seja para quitar dívidas, poupar ou investir.

Modelo de negócio

Além de sua atuação no modelo B2C, a startup vem atraindo a atenção de grandes empresas que usam a plataforma no formato white label. Nesta parceria, as companhias podem oferecer os benefícios de saúde financeira para seus clientes ou até mesmo para colaboradores para não só aumentar a retenção do time, mas também diminuir o estresse e melhorar a produtividade e qualidade de vida dos membros da equipe.

“A Plano é a primeira empresa de educação financeira que conseguiu comprovar receita tanto no B2C (consumidor final), quanto no B2B (solução white label) e B2B2C (como benefício para colaboradores de uma empresa). A fintech nos mostrou que conseguiu não só materializar essas oportunidades, como também gerar tração em todas elas, o que conversa diretamente com a receita recorrente da companhia. Isso é bastante acima da média do que estamos acostumados a ver no mesmo segmento”, analisa Rozallah Santoro, vice-presidente financeiro da Poli Angels.

Estratégias

No site da companhia, a startup revela que desde a sua fundação já tirou mais de 40 mil pessoas das dívidas. Nesse sentido, otimizou mais de R$ 160 milhões e ofereceu mais de 500 mil horas de consultoria. Assim, contribuiu para que mais de 20 mil clientes passassem a investir o seu dinheiro. A projeção é faturar R$ 3,5 milhões em 2024, com mais de 300 mil usuários em sua base de dados.

De acordo com o CEO da Plano, Ricardo Hiraki, a expectativa é que as parcerias B2B aumentem de forma significativa ao longo do ano. Isso porque em julho entra em vigor uma nova resolução do Banco Central, que determina que instituições financeiras e de pagamento promovam ações de educação financeira aos clientes. As regras começam a valer em 1º de julho de 2024.

“Com a resolução do BC, bancos digitais, empresas de consignado, financiadores, seguradoras, consórcio, corretoras, entre outras instituições financeiras terão que oferecer alguma ação de educação financeira para seus clientes pessoa física. No último mês, por exemplo, tivemos um aumento de conversas e já fechamos várias propostas”, revela o executivo. Ele cofundou a Plano junto ao amigo de longa data José Leonardo de Campos (COO), além de Ítalo Santos (CTO) e Diogo Carvalho dos Santos (CCO).

“Estamos apostando muito nessas parcerias, entregando a solução no formato white label, além de oferecer dados sobre os usuários para que as companhias conheçam melhor seus próprios clientes e aprimorem a comunicação e os produtos com base nisso”, explica Ricardo. 

Público

Olhando para o usuário final da Plano, o executivo observa um foco importante para o público de classe C, D e uma parcela do B. “Temos mirado em pessoas com renda familiar entre R$ 3 mil e R$ 10 mil. Um público que não está super endividado, mas ainda não salva dinheiro recorrentemente. É principalmente este público que a gente quer apoiar”, pontua.

Para captar o R$ 1,8 milhão restante da conclusão da rodada seed, o executivo tem a expectativa de atrair fundos de venture capital ou corporate venture capital. “Já temos bastante pessoas físicas, investidores anjo. Agora, seria interessante VCs ou CVCs que aproximem a Plano a potenciais clientes (inclusive outras fintechs) e tenham alguma relação com nossa proposta e formato de negócio”, finaliza Ricardo.

*Conteúdo publicado originalmente no site parceiro Startups.