
A Creditas, fintech de crédito com garantia, informou que avalia uma nova rodada de captação de recursos de no mínimo US$ 100 milhões a um valuation de aproximadamente US$ 3,3 bilhões. A informação está em comunicado divulgado nesta segunda-feira (22/9) no site de Relações com Investidores (RI) da empresa.
A última rodada de investimentos da Creditas foi em janeiro de 2022, quando recebeu US$ 260 milhões, sendo avaliada em US$ 4,8 bilhões. Ou seja, uma queda de 30%. Não está claro a razão de a fintech abrir essa captação neste momento. Mas em relação ao novo valuation, a fintech disse em nota ao Finsiders Brasil que ele reflete os “níveis atuais de múltiplos de mercado, que sofreram compressão no último ciclo, sem comprometer a sólida evolução operacional da empresa”.
Na nota, a fintech afirmou, ainda, que teve um crescimento de 120% desde a última captação. De lá pra cá, elevou sua receita de R$ 1,1 bilhão para R$ 2,3 bilhões e triplicou o lucro bruto.
Segundo a empresa, não há garantias de que a captação vá sair nos termos previstos. “Quaisquer recursos obtidos com a captação irão apoiar as iniciativas de crescimento da companhia”, disse.
Além disso, a Creditas também anunciou que está considerando a emissão de um novo bond na Nasdaq de Estocolmo e a potencial recompra da emissão de 2023.
Contexto
Em dívida, a fintech já captou R$ 5 bilhões por meio de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), assim como outros R$ 2 bilhões via Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). A operação mais recente, de R$ 800 milhões, foi há cerca de dois meses.
Fundada em 2012 por Sergio Furio, a Creditas tem hoje uma carteira de crédito de mais de R$ 6,2 bilhões, de acordo com o último balanço. A fintech atua com soluções financeiras em torno de três ecossistemas: imóveis, veículos e salário.
*Nota atualizada com posicionamento da Creditas