A Klavi, plataforma SaaS de agregação de dados, analytics e serviços API com foco em Open Finance, está trazendo novos investidores para sua rodada Série A de US$ 15 milhões, anunciada em agosto. Na ocasião, a fintech informara que a captação admitia um “closing” adicional e já havia outros “investidores engajados”.
Conforme o Finsiders apurou, a Klavi agora está trazendo para o captable o banco BV e o RX Ventures, fundo de Corporate Venture Capital (CVC) lançado este ano pela Renner. A lista do “second closing” inclui, ainda, o braço de um investidor gringo estratégico, disseram fontes a par do assunto.
Eles se juntam a um grupo que já tem nomes como CIP, Vivo (por meio do Vivo Ventures), GSR Ventures, Iporanga Ventures e Parallax Ventures.
O objetivo da Klavi é ser líder em soluções de Open Finance no Brasil, atraindo empresas líderes em seus segmentos, como bancos, fintechs e até mesmo empresas de outros setores que oferecem serviços financeiros.
A Klavi informou no anúncio da Série A, em agosto, que soma mais de 30 clientes e espera crescer essa base para mais de 100 até o fim do ano, chegando a mais de 500 ao final de 2023. Na carteira atual, estão desde grandes nomes como o próprio banco BV e Serasa até fintechs como Gorila, SuperSim e Zippi e a financeira Portocred, entre outros.
Open Finance
A Klavi construiu uma tecnologia de processamento e inteligência de dados, que se conecta a instituições financeiras para captar, ler e tratar dados financeiros de contas de pessoas físicas (PF) e jurídicas (PJ).
Ao todo, a fintech já processou mais de 450 milhões de transações e soma mais de 4 milhões de conexões. Atualmente, captura dados de 35 fontes, incluindo os maiores bancos de varejo, bancos digitais como Nubank, Inter, Original e Agi, corretoras como XP e NuInvest, entre outros.
A fintech vem desenvolvendo novos produtos, como um score com dados de boletos, novidade antecipada pelo CEO, Bruno Chan, em entrevista ao Finsiders no começo do ano.
Na ocasião, o fundador contou também que a Klavi aguarda autorização do Banco Central (BC) para operar como iniciador de transações de pagamentos (ITP), uma licença que dois dos seus principais concorrentes — Belvo e Quanto — já possuem.
Antes da Série A, a Klavi tinha feito no ano passado uma rodada seed de R$ 6,5 mihões, em uma captação liderada pela Iporanga Ventures e acompanhada pela Parallax Ventures.
Em operação desde o início de 2020, o que poucos sabem é que a Klavi nasceu da CrediGO, aplicativo de gestão financeira criado por Bruno ao lado do sócio chinês Stone Zheng, em 2019. A fintech pivotou o modelo de negócio para o B2B e, em abril do ano passado, lançou a marca Klavi.
Além dela, outras fintechs oferecem soluções para empresas e instituições financeiras explorarem o potencial do Open Finance. São players como Quanto (investida do Itaú e do Bradesco), Belvo (que já levantou US$ 56 milhões em rodadas de investimento), Pluggy, Finansystech, Akropoli, entre outras.
Inovação aberta
Entre investidas diretas e parcerias para cocriação ou distribuição de produtos, o BV soma aproximadamente 30 empresas em seu ecossistema, conforme informação que consta do balanço de resultados do terceiro trimestre. Uma das startups que recentemente recebeu um cheque do banco foi a insurtech Darwin.
Já o RX Ventures foi lançado em março pela Renner e tem capital de R$ 155 milhões para ser alocado em pelo menos dez empresas, segundo anúncio feito à época. Diversos segmentos, incluindo soluções financeiras, estão no radar do CVC. A Klavi é a segunda investida do fundo, que em julho anunciou um cheque para a Logstore.
Procurada para falar sobre a entrada dos novos investidores, a Klavi não comentou. O BV optou por não se pronunciar. Já o RX Ventures não retornou até o fechamento desta matéria.
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