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M&As no setor financeiro crescem quase 40% em 2023

A indústria financeira foi na contramão dos M&As de maneira geral, que caíram 13% entre um ano e outro, segundo a KPMG

Negócios, M&A, parcerias. Imagem: Cytonn Photography/Unsplash
Negócios, M&A, parcerias. Imagem: Cytonn Photography/Unsplash

O setor financeiro no Brasil teve 200 fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) em 2023. O número representa um aumento de 38,8% em relação ao ano anterior, conforme pesquisa da consultoria KPMG. Com 13,2% do total de transações no país, a indústria financeira foi na contramão dos M&As de maneira geral, que caíram 13% entre um ano e outro. 

De acordo com o levantamento, das 200 operações no setor em 2023, a maioria (135) envolveu instituições financeiras. Em seguida, vêm empresas do mercado de seguros (33) e negócios imobiliários (32). Entre um ano e outro, houve alta de 36% nas fusões e aquisições com instituições financeiras. O avanço foi maior no caso dos segmentos de seguros (43,5%) e negócios imobiliários (45,5%). 

“O setor financeiro continua ativo em sua transformação nos modelos de negócios, principalmente com o uso de tecnologia. Isso tem estimulado o volume de transações na busca de uma oferta mais completa aos clientes”, analisa Cláudio Sertório, sócio-líder de serviços financeiros da KPMG no Brasil, em nota.

M&As em geral

Ao contrário do setor financeiro, no cômputo geral, o número de operações de fusões e aquisições de empresas no Brasil caiu 13% em 2023 na comparação com o ano anterior. Ao todo, foram 1.728 transações desse tipo, segundo a KPMG. Ainda assim, a quantidade é superior a períodos anteriores, como 2020 (1.117), 2019 (1.231) e 2018 (967).  

“O ano passado foi, conforme previsto, menos aquecido que o anterior. As razões estão no aumento global de taxas de juros, que afetou a liquidez e a redução do número de transações global, e, também, em função de instabilidades geopolíticas globais”, afirma Marco André, sócio-líder de fusões e aquisições da KPMG no Brasil. Segundo ele, o número de transações deve se recuperar em breve com a “melhoria de indicadores econômicos nacionais”.

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