
Estudo divulgado pela Sling Hub em parceria com o Torq – hub de inovação da Evertec – revela que o Itaú Unibanco foi o investidor que mais fez aportes em fintechs no Brasil, entre junho de 2024 e junho de 2025. Em segundo lugar, aparece a B3, com seu fundo de venture builder L4, e em terceiro, a Norte Ventures.
Nesse período, segundo a pesquisa, havia 2.057 fintechs em atividade, e 175 investidores que aportaram US$ 2,4 bilhões – volume estável em relação aos 12 meses anteriores – em 125 rodadas. No restante da América Latina, os investimentos cresceram quase 50%, para US$ 2,7 bilhões. Os aportes analisados abrangem rodadas equity (participação no capital), investimentos de fundo direto e operações de dívida (como FIDCs e instrumentos similares).
O Itaú se destacou por dois aportes em Fundos de Investimento de Direitos Creditórios (FIDCs) na CloudWalk. O banco e outros quatro colocaram ao todo US$ 993 milhões. Mas o Itaú fez oito aportes no período – três deles, em equity. A L4, da B3, realizou sete aportes de equity e a Norte, seis.
Maiores rodadas
As maiores rodadas de equity, no entanto, não contaram com investidores brasileiros. O recorde ficou com o Asaas, fintech de soluções de automação financeira para Pequenas e Médias Empresas (PMEs), que levantou US$ 151 milhões em uma rodada Série C em outubro. O aporte teve a liderança da gestora norte-americana Bond e a participação dos fundos Softbank, 23S Capital e Endeavor Catalyst. A Celcoin, empresa especializada em infraestrutura financeira, recebeu em junho US$ 124 milhões, em rodada C liderada pela Summit Partners, investidor global de growth equity.

O Brasil concentrou suas maiores operações em dívida estruturada, enquanto nos demais países da região o protagonismo esteve nas grandes rodadas de equity, lideradas por Ualá e Konfío. “Essa diferença evidencia como o mercado brasileiro tem buscado diversificar instrumentos de capital, ao passo que outras economias seguem mais focadas em participação acionária”, diz o relatório.