A estratégia da Onidata para ser referência em tecnologia no mercado de crédito

Historicamente, o setor financeiro faz vultosos investimentos em tecnologia. Ainda assim, muitas instituições operam por meio de plataformas antigas, com custo alto de processamento e que, claro, dificultam a integração com parceiros. Um grande problema, especialmente no mercado de crédito, se levarmos em consideração o contexto de abertura e compartilhamento de dados que ocorrerá com a regulamentação do Open Banking no país.

Nessa seara, a Onidata desenvolveu um sistema completo de crédito, com infraestrutura e APIs próprias. Na prática, a empresa construiu uma plataforma que oferece serviços de processamento de crédito, no formato white-label, em diversas modalidades para pessoa física (PF) e jurídica (PJ), como crédito pessoal, consignado privado, capital de giro, CDC (crédito direto ao consumidor), entre outras linhas.

À frente do negócio, estão executivos com décadas de experiência nos setores financeiro e de tecnologia: Amilcar Collares Chaves (CEO), que fundou a Tools Software na década de 1990 e a vendeu para a Datasul/Totvs em 2008; e Maria Helena Chaves (COO), que tem 30 anos de carreira nas áreas administrativa e financeira e também foi sócia da Tools durante 16 anos.

Aliás, um dos grandes trunfos e diferenciais da Onidata é que a empresa não começou ontem. Fundada em 2008, a empresa voltou a atuar no mercado financeiro em 2018, passado o período de ‘non compet’. A missão é se tornar uma referência em infraestrutura de TI para sistemas de crédito. E agora se prepara para acelerar os planos.

Hoje, a empresa já tem players de peso na carteira, como Banco Alfa, Rodobens, Arbi, em produção, dois em fase de implantação, além de outros em fase de negociação.

“Já estamos sendo indicados pelos clientes para outros players, com várias apresentações, envio de propostas e negociação. A indicação tem sido o nosso melhor marketing”, conta Maria Helena Chaves, COO da empresa. O faturamento cresceu 50% em 2020. Para este ano, a expectativa é dobrar a receita.

“Acreditamos que nosso diferencial está na combinação da experiência adquirida em mais de 30 anos de atuação no mercado de crédito e no profundo conhecimento da nossa equipe nas novas tecnologias. Esta sinergia vem viabilizando a construção de produtos inovadores que visam diminuir o custo e trabalho das instituições financeiras, empresas e clientes”, explica Amilcar Chaves, CEO da Onidata.

Por meio de soluções em cloud no modelo SaaS (software as a service), a Onidata atende toda a operação de uma financeira, desde a simulação e captação da proposta, passando por análise do crédito, gestão do contrato e informes periódicos ao Banco Central (BC). O público-alvo são fintechs, bancos, grandes varejistas, empresas de tecnologia, entre outros, que buscam uma infraestrutura de TI em white label para processar suas operações de crédito.

Com um detalhe: a plataforma é multi financeira, ou seja, permite ao banco ou à fintech fazer o controle individualizado das diferentes instituições parceiras. Como não poderia ser diferente, a solução está preparada para o Open Banking, facilitando as integrações nos sistemas legados, marketplaces e parceiros. Dentre as novidades previstas para os próximos meses, inclusive, está o desenvolvimento de machine learning para avaliação de crédito.

Há nove anos, enquanto não podia competir no setor financeiro, a companhia criou um produto em SaaS para resolver o problema de agendamento e fila para players que possuem grande fluxo de atendimento ao cliente. Com isso, permitiu que a SejaDigital (união do grupo Vivo, Claro, Tim e Algavers), por exemplo, realizasse a entrega do kit de conversão para a TV digital a mais de 14 milhões de beneficiários do Bolsa Família em todo o Brasil.

“O projeto foi um sucesso, pois permitiu que o sistema atendesse as cidades mais remotas do Brasil e prestasse um serviço de qualidade, garantindo o controle e a gestão de todo o processo e sem precisar realizar nenhuma instalação local”, relembra Maria Helena.

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