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Com faturamento em alta e previsão de terminar o ano com 100 "minibancos", Bankme vê vantagem competitiva com inadimplência em alta

A Bankme, fintech que cria e opera Mini Bancos para que empreendedores possam rentabilizar oferecendo soluções de crédito, como empréstimos, financiamentos e antecipação de recebíveis, para suas redes de relacionamento. atingiu um faturamento de mais de R$ 6 milhões em 2022, o que representa um aumento de 259% em relação ao ano anterior. Já a quantia movimentada nas estruturas financeiras que cria e opera ultrapassou R$ 500 milhões no mesmo período. Atualmente, a startup possui 70 Mini Bancos sob gestão e a meta para 2023 é fechar o ano com 100 em atividade.

Uma das razões para a previsão otimista é a alta da inadimplência: enquanto 40% dos brasileiros com dividas em banco e lojas estão com as contas em atraso, a Bankme registrou alta de apenas 0,4% no mês passado, informa o co-fundador e CEO da Bankme, Thiago Eik. “É um cenário em que os provedores tradicionais de recursos, que são os grandes bancos, priorizam quem já tem dinheiro, porque o retorno sobre o investimento é mais garantido. A pessoa comum e os pequenos e médios empresários são os mais prejudicados, com oferta de crédito reduzida”.

“Os nossos Mini Bancos utilizam ferramentas internas e externas que auxiliam o time especializado na análise de crédito, jurídica, societária, antifraude e dos demais aspectos cruciais envolvendo um tomador de recursos do nosso cliente. Com esses dados coletados, montamos um parecer completo sugerindo se ele deve ou não promover os recursos por meio da sua estrutura financeira”, explica o co-fundador e COO da fintech, André Bravo.

Segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em abril deste ano a inadimplência deu um salto de 18,4% em relação ao mesmo período de 2022. Dados da CNDL ainda revelam que a dívida com bancos é o principal motivo da inadimplência nacional, atingindo 63% do total. Isso ocorre apesar da idade ou trajetória pessoal dos cidadãos – metade dos brasileiros entre 25 e 29 anos está no vermelho, e três em cada quatro pessoas entre 65 e 84 anos estão com as contas atrasadas.