Com home equity aquecido, Modalmais compra participação na KeyCash

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O banco Modalmais adquiriu uma participação acionária da KeyCash, fintech especializada no desenvolvimento de tecnologia e ferramentas para home equity. Inicialmente, a instituição terá 11,25% de participação, percentual que pode chegar a 25%. A efetivação da compra está sujeita à aprovação do Banco Central (BC).

A partir de um modelo desenvolvido na Flórida (Estados Unidos), o open door, Paulo Humberg fundou a KeyCash em 2018. Hoje, atua como uma plataforma que permite agilizar a concessão do crédito com o imóvel como garantia, de forma totalmente digital.

Em março, ao conversar com o Finsiders, Humberg disse que desde colocou a vertical e crédito à disposição, no final e 2020, a fintech recebeu quase R$ 2 bilhões em demanda, com originação de R$ 200 milhões, com metade disso aprovado. A projeção é chegar em R$ 1 bilhão até 2025.

“Nosso cliente é o empreendedor. Hoje, 68% do crédito que liberamos é para empreendedor, para quem quer capital de giro, quer reformar a loja, quer construir. Isto está girando a economia […] Nossa proposta é estar perto dele [empreendedor], ajudá-lo no dia a dia. Fazer com que tenha acesso a uma linha de crédito inteligente”, comentou Humberg, em março deste ano ao Finsiders.

Em comunicado ao mercado, o Modalmais afirma que a aquisição faz parte da estratégia do banco de investir em empresas com “forte perfil inovador e que ofereçam soluções digitais capazes de transformar a experiência dos clientes, e permitirá a ampliação do ecossistema Modalmais, com a disponibilização dos serviços de home equity.”

Atualmente, a KeyCash conta com um time de 50 pessoas – número que pretende triplicar no próximo ano.

“Esperamos um crescimento exponencial desse mercado, principalmente, a partir do momento em que tivermos uma central de registros de imóveis digitalizada, que vai tornar o processo ainda mais ágil”, afirma Humberg, por meio de nota. “Assim, com o Modalmais, damos mais um passo em direção em sermos a Fintech líder no mercado imobiliário.”

Mercado aquecido

De acordo com Humberg, o crédito com garantia de imóvel é o novo crédito consignado, embora seja mais burocrático. Custa 30% mais barato em termos de juros, segundo ele. No caso da KeyCash, as liberações são de até 60% do valor do imóvel. As taxas começam com 0,82% ao mês, conforme perfil do cliente. O prazo é até 20 anos.

Com um cenário ainda propício para o ramo imobiliário – taxa Selic em patamares historicamente baixos, é claro, que a KeyCash não está sozinha. Creditas, CashMe, Pontte, além da também novata LendMe são suas concorrentes e avançam lado a lado. Sem contar as startups do setor imobiliário, como a Housi e Kzas, que vêm lançando também produtos financeiros, especialmente crédito.

Ainda dentro do segmento imobiliário, a CrediHome, que começou em 2018 com crédito, lançou um home equity e agora se prepara para colocar na plataforma o financiamento para construção e, mais para frente, uma linha de financiamento para incorporadoras, revelou com exclusividade ao Finsiders o CEO e fundador Bruno Gama.

A Melhortaxa, que atua também num modelo de marketplace, dobrou seu faturamento em 2020 ante o ano anterior e prevê um resultado ainda melhor em 2021, com meta de triplicar sua receita, como informou recentemente.

Potencial é o que não falta para este mercado de ainda movimenta R$ 11 milhões, ainda mais o open banking batendo na porta. O BC estima que com esse novo ecossistema e o processo de digitalização de registros de imóveis, home equity movimente R$ 500 bilhões.

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Jornalista há 14 anos, com passagens por Gazeta Mercantil, DCI e Valor Econômico. É formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e tem MBA em mercado de capitais. Em 2018 e 2020, ficou entre os 100 jornalistas mais admirados da imprensa de economia, negócios e finanças, em premiação organizada pelo Jornalistas &Cia.

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