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O investimento em fintechs globalmente bate recorde atrás de recorde. No terceiro trimestre, a atividade seguiu intensa, como mostram os dados recém-divulgados pela CB Insights.
No período, as fintechs levantaram US$ 31,1 bilhões, mais do que o dobro na comparação anual, em um total de 1.185 deals. Foi o segundo maior volume financeiro nos últimos anos. Em relação ao segundo trimestre, houve recuo de 15%.
No ano, o total captado já se aproxima de US$ 100 bilhões — mais precisamente, são US$ 94,7 bilhões num total de mais de 3,5 mil deals. Um volume que representa quase o dobro ante o ano passado inteiro, que registrou US$ 48,4 bilhões.
Por região, a liderança é dos Estados Unidos. Na terra do Tio Sam, as fintechs levantaram US$ 14,6 bilhões em 457 deals no terceiro trimestre. A Ásia vem em seguida, com US$ 5,9 bilhões em mais de 300 operações. Na sequência, aparece a Europa (US$ 5,5 bilhões em 239 deals).
A América Latina se destaca também com US$ 2,6 bilhões captados para fintechs, num total de 73 deals. A região vem despertando mais interesse dos VCs. Nas maiores rodadas Série B do terceiro trimestre, aparecem o cheque de US$ 200 milhões recebido pelo Mercado Bitcoin e o aporte de US$ 116 milhões captado pela Cora.
A mexicana Kavak, por exemplo, aparece entre os top 10 equity deals no trimestre, com sua Série E de US$ 700 milhões — atrás de FTX (Série B de U$$ 900 milhões, pasme!), Revolut (US$ 800 milhões em uma Série E) e Chime (Série G de US$ 750 milhões).
As mega rodadas (acima de US$ 100 milhões) também se destacaram globalmente e atingiram o segundo maior nível. Com esse perfil, foram computados 94 deals, 3x maior em relação ao terceiro trimestre de 2020.
As operações em early-stage seguem impulsionando a atividade de investimento em fintechs globalmente. Cheques nesse estágio respondem por seis (63%) em cada dez negócios — mid stage (17%) e late-stage (12%).
O amadurecimento do ecossistema de fintechs no mundo se prova com o avanço das operações de M&A. No terceiro trimestre, foram 664 exits a partir de fusões e aquisições, um incremento de 23% ano contra ano.
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O relatório destaca também o volume recorde de investimento em wealthtechs, fintechs que apostam em soluções de gestão de patrimônio, por exemplo. Ao todo, foram 132 deals no trimestre, com avanço de 35% na comparação anual.
As captações das fintechs de pagamentos — que já chegaram a representar US$ 17,4 bilhões no segundo trimestre de 2018 — vêm num patamar abaixo nos últimos anos. No segundo trimestre deste ano, a categoria somou US$ 10,5 bilhões, com 146 deals. Entre julho e setembro, foram US$ 6,1 bilhões, mas com um número maior de operações (150) fechadas.
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Danylo Martins é jornalista com dez anos de cobertura de finanças, empreendedorismo e inovação no setor financeiro. Com MBA em mercado de capitais, é vencedor de quatro prêmios de jornalismo econômico e colabora com o jornal Valor Econômico há oito anos. Teve passagens por Folha de S.Paulo e revista Você S/A.
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