Em um ano, 16 fintechs brasileiras dispensaram quase três mil colaboradores - mas outras estão contratando

Em um ano, 16 fintechs brasileiras dispensaram quase três mil colaboradores – o mais recente foi o caso do C6 Bank, que anunciou mais de 500 cortes no dia 7/1. O levantamento é baseado em dados compilados dos sites layoffs.fyi e layoffsbrasil.

O fenômeno atingiu o segmento com menos força do que outras startups. E apesar dos cortes, há novas vagas abertas.

No Google aparecem cerca de 50 delas para áreas em fintechs como Bexs, Creditas, Open Co e Fretebras – ou em departamentos de fintechs dentro de empresas como Vivo, Magazine Luiza e até escritórios de advocacia. iugu, Contabilizei, Conta Azul e o próprio C6Bank também estão com processos seletivos abertos. A uCondo e a FortBrasil idem.

“A disputa por profissionais de TI segue aquecida, e se um deles perde o emprego hoje, amanhã já arruma outro”, diz Carlos Bernardo, co-fundador da Audaz, startup de mobilidade, de Belo Horizonte – a empresa hoje é parte do grupo VR Benefícios. “Está havendo sim um ajuste de salários, mas só quem não entrega o que é esperado é que tem encontrado dificuldades e redução de remuneração nas recolocações”, diz Irina Bezzan, sócia da Gluker. Para ela, inclusive, as novas contratações tem compensado salários fixos menores com stock options e participação nos resultados. “Também é preciso lembrar que, literalmente, lay off significa afastamento temporário, e não demissão; alguns foram efetivamente dispensados, mas nem todos”, diz Irina.

A busca por talentos em cargos de alto escalão também parece aquecida – mas uma pessoa ganhando o salário de duas pode render mais do que quatro. Este é outro fenômeno do tempo de vacas magras e ajustes que estamos vendo.