'Fábrica de fintechs' Swap levanta US$ 25 milhões e mira expansão

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Quer mais um exemplo de como está aquecido o mercado de banking as a service (BaaS) e infraestrutura em serviços financeiros? A ‘fábrica de fintechs’ Swap acaba de levantar US$ 25 milhões (R$ 135 milhões) em uma rodada Série A liderada pela Tiger Global.

O round também teve a participação da Endeavor Catalyst, Justin Mateen (cofundador do Tinder), e Rahul Mehta (managing director do DST), além dos fundos que já haviam aportado na fintech anteriormente, como ONEVC, Flourish Ventures, GFC, Soma Capital e FJ Labs. Com essa rodada, a fintech soma R$ 152 milhões em investimentos desde a sua fundação, em 2018.

Os recursos serão utilizados na expansão da empresa, visando contratações de novos talentos, incrementos em produtos para ampliar o atendimento aos segmentos já incorporados e lançamento de novas verticais. A receita da Swap tem dobrado a cada trimestre, ao mesmo tempo que o volume financeiro processado cresceu 30% ao mês nos últimos seis meses.

“Isso mostra que encontramos o caminho para um produto que o mercado realmente quer. Acreditamos que a expertise e as conexões deles com o setor vão nos ajudar bastante nos próximos passos”, afirma Douglas Storf, CEO da Swap, em comunicado.

Com mais de 30 empresas no portfólio — entre elas a55, MoneyPlus e Vee Benefícios — a solução da Swap permite que empresas de food delivery ou benefícios, por exemplo, coloquem no ar seu banco digital. Recentemente, a empresa lançou a vertical de negócios ‘Float’, desenhada para que players de crédito possam fidelizar seus usuários embutindo novos produtos e serviços financeiros em seu portfólio.

No início do ano, a fintech colocou no ar sua primeira vertical, chamada Multiflex, voltada para players que buscam desenvolver soluções no mercado de benefícios flexíveis.

Também lançou a primeira solução white-label de banking as a service (BaaS) para plataformas que operam a modalidade ‘buy now, pay later’ (BNPL) no Brasil, uma alternativa para que seus clientes ofereçam aos usuários crédito que seja usado somente para fins específicos, por meio de sua solução de múltiplos saldos e autorização compartilhada com regras flexíveis e configuráveis.

Para Alex Cook, sócio da Tiger Global, a empresa tem o potencial para ser um viabilizador de tecnologia financeira dentro do mercado da América Latina.

“A Swap está construindo uma moderna plataforma de emissão de cartões e infraestrutura bancária para a próxima geração de empresas de serviços financeiros no Brasil, possibilitando redução de custos e melhorando experiências para consumidores e empresas. Estamos entusiasmados com a parceria”, disse, no comunicado.

Mercado aquecido

O mercado de BaaS continua super aquecido, e a Swap não está sozinha. Na semana passada, a fintech Hash levantou sua Série C de US$ 40 milhões, seis meses depois da Série B, e prevê lançar conta digital e outros serviços bancários.

Na mesma semana, a techfin brasileira Pismo — que se coloca como a próxima geração em bancos e pagamentos, em hiperescala — levantou um round de US$ 108 milhões, numa captação liderada por ninguém menos que Amazon, Softbank Latin American Fund e Accel Partners, com participação de Falabella Ventures, PruVen, além de Redpoint eventures e Headline, que já estavam no captable e acompanharam.

Quem também decidiu participar da ‘brincadeira’ foi a B3, que colocou um cheque de US$ 10 milhões na companhia. O anúncio do investimento na Pismo — sujeito à aprovação da CVM — ocorreu no mesmo dia em que a companhia confirmou a compra da empresa de big data e inteligência artificial Neoway por R$ 1,8 bilhão, na maior transação feita desde a fusão com a Cetip, em 2017.

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Giovanni Porfírio é jornalista com cinco anos de carreira, foi editor web no Startupi antes de chegar ao Finsiders. Formado pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) e pós-graduando em Produção e Práticas Jornalísticas na Contemporaneidade na Faculdade Cásper Líbero (FCL), teve passagens, ainda, por RICTV Record Londrina e Folha de Londrina.

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